Estudo produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e divulgado nesta quinta-feira (4) mostra um alto grau de disseminação pelo Brasil das novas variantes da Covid-19, consideradas potencialmente mais transmissíveis. A Fiocruz analisou testes do tipo RT-PCR de oito estados brasileiros. As chamadas “variantes de preocupação” foram detectados em todos os oito estados, representando já mais da metade dos casos em seis: Ceará, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Pernambuco.
No Ceará e no Paraná,
as variantes já são mais de sete em cada dez casos, com 71,1% no CE e 70,4% no
Paraná. Nos dois estados que as novas variantes não são majoritárias, os exames
indicando uma das três cepas são expressivos, com 30,3% dos casos em Minas
Gerais e 42,6% em Alagoas.
São três as chamadas
“variantes de preocupação”, as que estão sendo consideradas por pesquisadores
como mais transmissíveis. No Brasil, a Fiocruz acredita que a variante
originada no Amazonas seja majoritária, mas as encontradas no Reino Unido e na
África do Sul também estão sendo consideradas.
Para a Fiocruz,
“torna-se fundamental a necessidade de estudos adicionais para determinar o
real impacto e possível influência dessas variantes na dinâmica de ocorrência
da Covid-19”. O documento de conclusão do estudo pede “adoção ampla de medidas
não-farmacológicas” de contenção da pandemia, endossando mensagem do Conselho
Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass), que defende endurecimento
de medidas de restrição.
“Os dados de
prevalência das variantes de preocupação em diversos estados e sua ampla
dispersão no território, bem como os desafios ainda impostos pela sua alta
transmissibilidade reforçam a necessidade imediata de adoção ampla de medidas
nãofarmacológicas de proteção com o objetivo de reduzir a velocidade da
propagação”, afirma o documento.
CNN BRASIL
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