O PT está buscando fortes apoios para as eleições do ano que vem. Uma delas é uma possível aliança com MDB, partido de Eduardo Cunha e Renan Calheiros – parlamentares que lideraram no Congresso o impeachment contra Dilma Rousseff (PT) em 2016. Nos bastidores políticos, há a especulação que o processo que afastou a presidente foi articulado pelo seu vice na época, Michel Temer, também do MDB.
Há rumores de que o
ex-presidente Lula virá ao RN em breve para ter, de forma bem reservada, uma
conversa com o ex-senador e ex-ministro do governo do PT, Garibaldi Alves Filho
(MDB). A conversa será para definir uma possível aliança, na qual Garibaldi seria
o vice da governadora Fátima Bezerra (PT), para concorrer ao lado da petista em
uma possível reeleição. Dizem ainda que a vaga para o Senado, que hoje é
ocupada pelo petista Jean Paul Prates, em 2022, também ficará sob a decisão de
Garibaldi.
O presidente estadual
da sigla no Estado, o deputado Walter Alves, disse que conversas estão
ocorrendo com lideranças em todo o País.
“Existe sim uma
aproximação. A nacional está conversando com lideranças em vários estados. A
aliança dos partidos para a eleição da presidência da Câmara dos Deputados uniu
os dois partidos, uma vez que o PT apoiou Baleia Rossi, que é o presidente
nacional do MDB. O MDB está aberto a conversas com todos os partidos. Saímos
muito fortalecidos nas eleições de 2020, graças a história do partido. Elegemos
39 prefeitos, 30 vices e mais de 400 vereadores. Vamos de forma gradativa
conversar com todo mundo para ver o que será melhor para todos”, disse Walter
Alves.
O senador Jean Prates
disse ao Agora RN que acredita que o partido precise de apoios para se
fortalecer em 2022. Ele garante que será candidato reeleição para o Senado. “O
Partido dos Trabalhadores sempre soube que candidaturas fortes dependem de uma
ampla coalisão. Isso significa aliança partidária, mas também de ideias e
propostas. O PT está aberto a discutir esses acordos em nível nacional e
estadual. Mas esse debate ainda está aberto e depende fundamentalmente de um
comprometimento de todos os participantes na defesa da democracia e na luta
contra os retrocessos que verificamos no governo Bolsonaro. Eu serei, sim,
candidato à reeleição para o Senado”.
Em contato com a
reportagem, Garibaldi Alves disse que ainda não foi procurado pelo
ex-presidente Lula para marcar o encontro. “Não recebi nada da sua assessoria.
Se for convidado, não deixarei de ir ao seu encontro. Quem sou eu para não ir
se até o ex-presidente Fernando Henrique foi conversar com ele”.
Indagado sobre a
possibilidade de união dos dois partidos, Garibaldi disse que “é preciso
refletir, ouvir os companheiros do partido”. Se virar realidade, a aliança será
para vencer o atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Especialistas
apontam que, em 2022, a campanha eleitoral terá uma “polarização” maior do que
em 2018.
Fonte: Agora RN
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