A turma do “deixa disso” não conseguiu convencer o presidente Bolsonaro a recuar.
Ele apresentou ao
Senado nesta sexta-feira o pedido de impeachment contra o ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O documento foi
recebido pelo chefe de gabinete do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco
(DEM-MG).
Na véspera, auxiliares
do presidente ainda tentavam convencê-lo a desistir da iniciativa, que provocou
uma nova crise entre os Poderes, mas ele estava irredutível.
O texto foi preparado
pela Advocacia-Geral da União (AGU). O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira,
foi um dos aliados a tentar demovê-lo da ideia, mas as tentativas não deram
certo.
Segundo aliados do
presidente, Bolsonaro quer manter a palavra com a militância que faz ataques ao
STF.
Segundo um importante
interlocutor do Congresso, o presidente quer ficar com o argumento de que fez
tudo que estava ao seu alcance, mas que o processo não avançou por inércia do
presidente do Senado.
Pacheco já sinalizou
que o pedido de Bolsonaro deverá ficar parado em sua gaveta.
Na terça-feira, Pacheco
disse que o processo de impeachment de ministros do STF “não é recomendável”.
Uma conclusão é
uníssona é que o Presidente fez a opção
pela militância, a turma do cercadinho. Aqueles 30% que não o abandonaram nas piores crises. Até
agora.
TL
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