A decisão da Executiva Nacional do PSDB de partir para a oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro vem sofrendo forte resistência interna na legenda. O deputado Pedro Cunha Lima (PB), que comanda o Instituto Teotônio Vilela, centro de formação política do partido, afirmou que discorda de uma postura mais agressiva dos tucanos em relação à administração federal.
“Não penso que fazer uma oposição sistemática a Bolsonaro, ao modelo que
o PT faz, seja o papel que eu deva cumprir”, disse o parlamentar em entrevista
à rádio Correio FM. “Claro que o governo merece críticas em vários pontos. A
condução na pandemia merece uma crítica e a gestão que o governo faz na
educação não é eficiente. De resto, não vou fazer oposição de quanto pior,
melhor.”
Na semana passada, o
PSDB anunciou que passa a integrar o bloco de oposição ao atual governo. A
legenda também informou ter iniciado uma “discussão sobre a prática de crimes
de responsabilidade cometidos pelo presidente da República”, abrindo caminho
para o apoio a um eventual pedido de impeachment de Bolsonaro.
O PSDB se prepara para
realizar suas prévias em novembro, quando será indicado o nome do partido para
a disputa da Presidência da República em 2022. Os governadores de São Paulo,
João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o ex-prefeito de Manaus
Arthur Virgílio são os pré-candidatos. O senador Tasse Jereissati (CE), que
chegou a apresentar seu nome para as prévias, desistiu da disputa.
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