Em entrevista coletiva após a convenção da federação PSDB-Cidadania, o deputado Ezequiel Ferreira explicou a liberação de todos os candidatos a deputado federal e estadual para apoiarem, informalmente, os pré-candidatos a governador e senador de suas preferências, diante da impossibilidade de juntar a bancada de 12 deputados, que está dividida meio-a-meio nos apoio à reeleição da governadora Fátima Bezerra (PT), e apesar de que apenas um deputado não apoia a pré-candidatura a senador de Rogério Marinho (PL).
“Então, a forma mais
justa, mais leal, tem horas que a gente precisa tomar uma decisão, é a gente
manter a neutralidade, respeitando o ponto de vistas e as ideias de cada um que
vai disputar essa eleição”, sinalizou Ezequiel Ferreira, que preside o PSDB
do Rio Grande do Norte. Ele ainda informou que conversou com Rogério Marinho,
ainda ontem. “O partido é grande e por ser grande, há divergências dentro
dele”, disse o deputado Ezequiel Ferreira, que justificou: “Se o partido
deliberasse que ia para uma campanha de governo ou pra outra campanha de
governo, obrigaria se fosse, por exemplo, para Fábio Dantas, a levar seis
deputados que não são dele, a serem obrigados a fazer propaganda eleitoral
dentro de uma candidatura que não era deles”.
Mesma coisa ocorria,
argumentou Ezequiel, “se levasse o partido para a governadora Fátima Bezerra,
levaria também seis deputados que não votam nela, estariam dentro da propaganda
institucional dentro de um partido aliado da governadora”. Ezequiel ouviu
individualmente todos os deputados e todos os candidatos que integram a
nominata do PSDB para federal e estadual. “Vamos respeitar democraticamente a
posição de cada um, e diante desse posicionamento, onde seis deputados estão de
um lado e seis deputados estão de outro, respeitando a democracia interna do
partido, decidimos que possam ficar livres e escolher o seu candidato a
governador”, frisou.
Com isso a federação não
poderá fazer coligação com candidato a governador, o horário será do
PSDB-Cidadania “para que cada candidato possa oferecer suas propostas ao povo
do Rio Grande do Norte, independente do candidato que achar que deve ganhar,
aquele que simpatiza e acreditar mais e se identificar mais”.
“Por isso, tomou-se
essa posição de o tempo de partidário de propagandas (rádio e TV) não ir nem
pra um lado e nem paro outro, nosso tempo será usado pelos nossos candidatos a
deputado federal e estadual, cada um está livre para fazer sua escola para o
governo do Estado”. Aos convencionais, Ezequiel Ferreira explicou que para
o Senado da República, tinha-se um fato diferente, dos 12 deputados do PSDB, 11
votam no ex-ministro Rogério Marinho, enquanto o deputado Raimundo Fernandes
apoia o pré-candidato do PDT, o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo.
“Entendemos também que
estamos numa federação, em que o Cidadania não era a favor da coligação com
Rogério Marinho, mas cumprindo compromisso antigo que nós tínhamos, conversamos
com os deputados, que defenderam uma coligação com Rogério Marinho, que me comunicou
que precisaria dessa coligação junto com Fábio Dantas, mas tinha esse empecilho
que acabei de dizer”.
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