Advogado Kennedy
Diógenes, um dos autores da ação |
O candidato a deputado federal Pio X Fernandes poderá ficar sem repasse do fundo eleitoral do MDB. A federação partidária integrada pelo PSOL e pela Rede requereu à Justiça Eleitoral a tutela de urgência para suspender a transferência desses recursos ao candidato.
Na base da ação, está o
fato de que o candidato do MDB já contratou R$ 563 mil em despesas, mas só
declarou dispor de R$ 1.900,00 em receitas próprias. O que, no entendimento da
federação PSOL/Rede, indica que a pretensão é utilizar-se apenas dos recursos
públicos destinados à eleição, mesmo com poucas chances da candidatura de Dr.
Pio ter o registro deferido pelo TRE.
“Investir recursos
públicos em candidaturas natimortas não fomenta a democracia, não interessa aos
candidatos validados pela Justiça Eleitoral e, porque não se coloca como
escolha viável para os eleitores, falseia as expectativas de toda a sociedade”,
argumenta a ação de tutela de emergência, assinada pelos advogados Kennedy
Diógenes e Sanderson Mafra, do núcleo eleitoral do escritório Diógenes, Marinho
e Dutra Advogados.
Ainda no pedido, os
advogados requerem que a suspensão no repasse dos recursos seja estabelecida
até que a Justiça Eleitoral decida a impugnação que tramita contra o registro
de candidatura de Pio X.
“Não é justo, moral ou
ético que o impugnado (Pio X), com pouquíssimas chances de obter o deferimento
de sua candidatura, concorra a um cargo eletivo impulsionado por dinheiro
público, este advindo de impostos sofrivelmente pagos pela população
brasileira. Eleição não é um jogo de azar para se apostar com recursos de todos”,
complementa Kennedy Diógenes.
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