Os bloqueios de caminhoneiros nas estradas do país podem provocar impacto nos preços e na inflação. Os supermercados já registram problemas de desabastecimento, principalmente de produtos perecíveis, como frutas, legumes, verduras, carnes, frios e laticínios, além do aumento do movimento de consumidores, que temem risco de falta dos itens nas gôndolas.
Segundo o economista
Matheus Peçanha, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação
Getulio Vargas), os produtos mais perecíveis poderão ter reflexo nos preços no
curto prazo. No entanto, ainda não é possível fazer uma projeção.
“Teremos um impacto
importante principalmente nos alimentos in natura. Por serem perecíveis, eles
são afetados mais rapidamente do que qualquer choque que tenham na sua
produção, logística e distribuição”, afirma Peçanha. Já os bens que
dependem mais de estocagem talvez não sofram impacto. Isso vai depender de
quanto tempo vão durar as manifestações.
Nesta terça-feira (1º),
70% dos supermercados já registravam problemas de abastecimento no país.
Segundo a Abras (Associação Brasileira de Supermercados), as regiões mais
afestadas eram Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais,
Pará, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal.
Entre os itens que
começam a faltar nas gôndolas estão frutas, legumes, verduras, carnes, frios e
laticínios, além de itens de área de mercearia e de padaria. O monitoramento da
Abras também identificou uma corrida dos consumidores aos supermercados.
R7
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