Ministros dizem que autonomia do Banco Central será preservada. Tebet terá voto no Conselho Monetário Nacional, e pode ser decisiva para manutenção das metas de inflação
Depois de duas falas
infelizes de Lula sobre economia, principalmente em relação ao Banco Central,
dois de seus principais ministros entraram em campo para tentar desfazer a má
impressão.
No Twitter, o ministro de
Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que a autonomia do Banco Central
será preservada e que tanto a política monetária quanto a análise
macroeconômica são de extrema importância para o país. Ele lembrou que, nos
dois mandatos de Lula, Henrique Meirelles já teve autonomia, de fato, e que
isso não mudaria agora que há uma regulamentação por lei.
Já a ministra do
Planejamento, Simone Tebet, em entrevista a agência Bloomberg, disse que a
autonomia do Banco Central precisa ser respeitada e que não há crescimento
duradouro do PIB com um déficit primário de 2%. A ministra, por sua vez, tem
papel crucial para a ancoragem das expectativas de inflação: Ela irá compor a
diretoria do Conselho Monetário Nacional (CMN), ao lado do ministro da Fazenda,
Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Campo Neto certamente
seria voto contrário a uma mudança para cima nas metas de inflação. Ainda que
Haddad siga as instruções de Lula, o presidente teria que convencer Tebet a
mudar de ideia sobre o voto ou retira-la do cargo, o que aumentaria bastante o
custo político da decisão.
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