O ministro do Trabalho e Previdência, Luiz Marinho, disse que “não está preocupado” com eventuais sanções das plataformas de serviços por aplicativos caso elas não concordem com a regulamentação de leis trabalhistas específicas para o setor.
Em entrevista ao Valor,
Marinho minimizou a força do Uber e disse que outras empresas poderiam fazer o
mesmo serviço após a regulamentação. O estabelecimento de regras e garantias
aos trabalhadores por aplicativos é uma das prioridades do atual governo.
“As empresas estão
dispostas a discutir. Na Espanha, no processo de regulação, o Uber e mais
alguém disseram que iam sair. Esta rebeldia durou 72 horas. Era uma chantagem.
Me falaram: ‘E se o Uber sair?’. Problema do Uber. Não estou preocupado”,
disse Marinho.
“Cria outro [aplicativo].
Posso chamar os Correios, que é uma empresa de logística e dizer para criar um
aplicativo e substituir. Aplicativo se tem aos montes no mercado. Não queremos
regular lá no mínimo detalhe. Ninguém gosta de correr muito risco,
especialmente os capitalistas brasileiros. Mas qual a regulação para proteção
do trabalho e das pessoas?”, declarou o ministro.
O Antagonista
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