O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, criticou a juíza Gabriela Hardt, da 9ª Vara Federal de Curitiba, responsável por suspender o sigilo da decisão que levou à operação da Polícia Federal (PF) contra integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) que planejavam realizar ataques contra servidores públicos e autoridades, dentre eles o senador Sergio Moro (União Brasil-PR).
Em suas redes sociais,
Pimenta publicou: “Gabriela Hardt acaba expondo as investigações e,
consequentemente, atrapalhando-as, já que as apurações seguem em curso e tratam
de um tema sensível, que é o das organizações criminosas. Seu objetivo foi
ajudar a PF?”
A CNN está entrando em
contato com a juíza para ouvir seu posicionamento sobre as falas de Paulo
Pimenta.
Na quinta-feira (23), o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia levantado dúvidas sobre a
operação ser “mais uma armação” de Moro.
Em sua fala, Lula citou a
juíza ao dizer: “Até fiquei sabendo que a juíza não estava nem em atividade
quando deu o parecer para ele. Isso a gente vai esperar, eu não vou ficar
atacando ninguém sem ter provas. Eu acho que é mais uma armação. Se for, ele
vai ficar mais desmascarado ainda e eu não sei o que ele vai fazer da vida se
continuar mentindo do jeito que está.”
Gabriela Hardt assumiu o
inquérito do caso ao substituir a juíza Sandra Regina Soares, que saiu de
férias, na titularidade da 9ª Vara Federal de Curitiba. Ela assumiu o posto na
terça-feira (21), e seguirá responsável pelos processos da magistrada titular até
31 de março.
Hardt foi a juíza que
substituiu Sergio Moro em 2018, quando este pediu exoneração da 13ª Vara
Federal de Curitiba para assumir o Ministério da Justiça no governo de Jair
Bolsonaro (PL). Foi ela quem assumiu o comando da Operação Lava Jato na época.
Ela também foi
responsável pela sentença de 2019 que condenou Lula em processo referente a um
sítio de Atibaia. A decisão repercutiu por ter trechos idênticos à sentença
dada por Moro no caso do triplex do Guarujá envolvendo Lula em 2017. Alguns
apontaram que a magistrada teria “copiado e colado” partes do texto do ex-juiz.
As sentenças contra Lula
foram anuladas posteriormente pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Por CNN.
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