A Marisa (AMAR3) anunciou na noite da última sexta-feira novas medidas de seu plano de reestruturação para reduzir o endividamento e melhorar a estrutura de custos. A rede varejista de moda receberá um aporte de R$ 90 milhões dos acionistas controladores, a família Goldfarb, no seu braço financeiro, a MPagamentos, em transação já submetida ao Banco Central; e prevê o fechamento de cerca de 90 lojas que tenham “sistematicamente geração de caixa negativo” em sua rede com 334 unidades.
Caso necessário, os
acionistas controladores poderão fazer um aporte adicional de R$ 26 milhões até
agosto deste ano, segundo o comunicado.
O aporte será realizado
em abril para reenquadrar a MPagamentos nos índices regulatórios e prudenciais
exigidos de instituições financeiras. A decisão decorre da análise tomada pela
nova gestão que tomou posse há pouco mais de um mês, liderada pelo CEO João
Pinheiro Nogueira Batista.
O fechamento das
estimadas 90 lojas terá um custo estimado de R$ 50 milhões, mas, por outro
lado, a redução proporcional de SG&A (Despesas de Vendas, Gerais &
Administrativas) deverá viabilizar uma geração extra de caixa da ordem de R$ 30
milhões ao ano, segundo cálculos da empresa.
A rede varejista informou
ainda a contratação do Lefosse Advogados e da Deloitte Brasil para compor uma
comissão externa para análise de alçadas e práticas contábeis, em decisão
também tomada pela nova gestão e apoiada pelo conselho de administração.
Bllomberg
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