Alunos do Rio Grande do Norte concluem o segundo ano do ensino fundamental sem sequer estarem alfabetizadas. Ao menos é o que informa a pesquisa Alfabetiza Brasil, realizada pelo Ministério da Educação (MEC), em que foi constatado que, das 27 unidades da federação, apenas Santa Catarina alcançou o nível mínimo de alfabetização do nível estabelecido pelo governo no final de maio.
A média determinada pelo
Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) é de 743. No RN, os jovens
estudantes do nível de ensino obtiveram uma nota de 710,56, isto é, mais de 30
pontos abaixo do estabelecido.
O Alfabetiza Brasil
estabeleceu alguns parâmetros para considerar uma criança como alfabetizada a
partir de consultas feitas com professores da educação básica de todo o país.
Os pontos são:
Capacidade de ler
pequenos textos, formados por períodos curtos e localizar informações na
superfície textual;
conseguir produzir
inferências básicas com base na articulação entre texto verbal e não verbal,
como em tirinhas e histórias em quadrinhos;
escrever textos que
circulam na vida cotidiana para fins de comunicação simples, como convites e
lembretes, mesmo que com desvios ortográficos.
Para a ex-secretária de
Educação do RN, Cláudia Santa Rosa, o problema está no déficit de profissionais
qualificados durante todo o período letivo dos jovens estudantes. Santa Rosa
afirma que a média nacional ainda é uma realidade distante, mediante a atual
situação da educação.
“No dia em que a criança
brasileira, de 6 a 8 anos, tiver professores competentes durante os 200 dias
letivos de cada ano, a meta será alcançada”, contou.
O levantamento só reforça
um levantamento do MEC em que é apontado que 56,4% das crianças terminaram o 2º
ano do ensino fundamental em 2021 não alfabetizadas.
No ranking, o RN fica
entre os oito piores resultados. A diferença do último estado na lista para o
RN é quase a metade da distância da educação potiguar para a média nacional.
Santa Catarina teve a maior pontuação do 2º ano do fundamental no Saeb com
751,74 pontos. O Distrito Federal está em segundo lugar, com 738,09. A terceira
posição é do estado de São Paulo, com 735,72, seguido pelo Ceará, estado do
ministro da Educação, com 734,04 pontos. Tocantins, Acre e Amapá tiveram as
piores notas entre os Estados.
Classificando por região
do Brasil, o Norte teve a nota mais baixa, com uma média de 705,24 pontos. O
Sul do país teve a maior nota, alcançando 735,48, mas vale notar que essa nota
ainda está abaixo do mínimo estabelecido pelo MEC para alfabetização dessa
idade.
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