Nos bastidores da política potiguar, rumores e movimentações apontam para uma estratégia clara da governadora Fátima Bezerra (PT) em manter o Partido dos Trabalhadores no comando do governo estadual, descartando a possibilidade de renunciar ao cargo para disputar uma vaga no Senado.
Diferentemente das
expectativas do vice-governador Walter Alves (MDB), que esperava assumir o
governo em caso de renúncia de Fátima, a governadora já deu sinais de que
pretende concluir seu mandato até 31 de dezembro de 2026. Em recentes
discursos, Fátima tem reforçado esse compromisso, deixando clara sua intenção
de não ceder espaço ao MDB na chefia do Executivo estadual.
A governadora aposta em
um projeto de continuidade para o PT, com Natália Bonavides como principal nome
para a disputa ao governo ou ao Senado em 2026. A deputada federal é uma das
figuras mais próximas de Fátima e considerada uma peça-chave para levar adiante
as pautas e ideais petistas, mesmo diante das críticas ao atual cenário
administrativo do estado.
O governo de Fátima tem
enfrentado severas críticas por problemas de gestão e pela dificuldade em
colocar o estado nos trilhos, conforme reclamam setores da população. Passados
seis anos de gestão, muitos cidadãos afirmam que medidas concretas ainda não foram
implementadas para solucionar os gargalos estruturais do Rio Grande do Norte.
A possível exclusão de
Walter Alves dos planos de sucessão governamental seria um golpe duro para o
MDB, que firmou aliança com o PT em 2022 com a expectativa de protagonismo
futuro. A percepção de que Walter foi “usado” politicamente por Fátima e poderá
ser descartado em 2026 começa a se consolidar entre analistas políticos e
apoiadores.
Resta saber como a
oposição e o próprio MDB reagirão a essa estratégia. Para os eleitores
potiguares, fica o alerta para acompanhar de perto os próximos passos dessa
articulação que pode definir o futuro político do estado nos próximos anos.
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