O governo Lula (PT) mostrou que, quando o assunto é petróleo, o discurso verde pode esperar. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) autorizou a Petrobras a perfurar poços na Margem Equatorial, região considerada o “novo pré-sal”. A licença permite à estatal buscar reservas que podem afastar o risco de o petróleo brasileiro acabar nos próximos 12 anos.
A informação é da coluna
do William Waack, da CNN. A decisão, aguardada há cinco anos, marca uma
reviravolta simbólica: o que era visto como futuro — a aposta em energias
renováveis — volta a ser tratado como passado. A exploração de combustíveis
fósseis retorna ao centro da estratégia de desenvolvimento e segurança
nacional, num movimento que agrada setores políticos e econômicos do Norte do
país, especialmente o Amapá, reduto de Davi Alcolumbre (União-AP), aliado de
peso do governo.
O anúncio, feito às
vésperas da COP30, gerou reação imediata de ambientalistas, que classificaram a
medida como um “tapa na cara” do debate climático global. Afinal, enquanto o
mundo discute como reduzir emissões, o país que vai sediar o principal evento
ambiental do planeta autoriza novas perfurações em alto-mar.
Lula, porém, não parece
preocupado com a repercussão. O petróleo foi motor de crescimento nos primeiros
governos petistas e continua sendo ativo político poderoso. A Margem
Equatorial, além de promessa de riqueza, é também combustível para alianças
políticas — e, pelo visto, o meio ambiente que espere.
Com informações da CNN
Brasil








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