Pela primeira vez na história, a dívida pública brasileira vai encerrar o ano acima da marca de R$ 10 trilhões. Sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o endividamento do setor público atingiu um patamar considerado histórico, representando quase 80% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional em 2025, segundo dados do Banco Central. O montante supera o PIB de cerca de 180 países.
Projeções do Instituto
Fiscal Independente (IFI), ligado ao Senado, indicam que a situação tende a se
agravar. A expectativa é que a dívida chegue a mais de 82% do PIB em 2026,
ampliando a pressão sobre as contas públicas e reduzindo a margem de investimento
do país. Embora a Dívida Bruta do Governo Geral inclua estados e municípios,
cerca de 80% do total é de responsabilidade direta do governo federal.
O diretor do IFI, Marcus
Pestana, avalia que o desequilíbrio fiscal se tornou um problema estrutural.
Para ele, o nível de gastos do Executivo funciona como uma “doença crônica”,
que compromete a capacidade de crescimento e limita o horizonte econômico do
Brasil a médio e longo prazo.
A oposição também destaca
o volume de despesas realizadas fora das regras fiscais. Em apenas três anos, o
governo Lula autorizou R$ 324,3 bilhões em gastos extraordinários, à margem do
teto e do novo arcabouço fiscal, inclusive regras criadas pela própria gestão,
o que reforça as críticas sobre falta de controle e previsibilidade nas contas
públicas.








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