Ainda de acordo com o
MP, o chefe do executivo de Umarizal tem envolvimento direto no esquema. Em
razão disso, o procurador geral de Justiça, Rinaldo Reis, pediu o afastamento de
Carlindson Onofre Pereira de Melo do exercício do mandato. A decisão favorável,
no entanto, foi do desembargador Expedido Ferreira, que também determinou pelo
cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do prefeito e no gabinete
dele na sede da prefeitura.
“No curso da investigação, restou evidenciada a existência de um esquema
de desvio de dinheiro através do Termo de Convênio celebrado entre a Prefeitura
Municipal de Umarizal e o Banco Gerador S.A. para a concessão de empréstimos
consignados e financiamentos aos servidores ativos e inativos daquela
edilidade, pelo qual foram firmados 109 empréstimos dessa natureza na
Prefeitura de Umarizal, sendo liberado nas contas dos interessados o valor
total de R$ 1.571.792,33, o que gerou um saldo devedor aproximado de R$
2.043.625,34 atualizado até o ano de 2014”, afirmou o Ministério Público.
Entretanto, ainda
segundo as investigações, dos 109 beneficiários dos empréstimos, 98 sequer
fazem parte do quadro de servidores públicos do Município de Umarizal. “Tais empréstimos tiveram início no ano de
2010, na gestão do ex-prefeito e um dos investigados, e prosseguiu, até meados
do ano de 2013. Portanto, no início da gestão do atual prefeito”,
acrescentou.
O MP afirma também que
os investigados, “de forma organizada e
com divisão de tarefas, fraudavam contracheques e, após o depósito do dinheiro
nas contas dos beneficiários por parte do banco, sacavam e transferiam o
montante em benefício do grupo criminoso e para financiar a campanha eleitoral
do candidato vencedor das eleições locais de 2012”.
Do G1/RN
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