Não bastasse ter
incluído o presidente Michel Temer nas investigações do esquema montado pela
Odebrecht para saquear os cofres da Petrobras, a procuradora-geral da
República, Raquel Dodge, indicou que pode aceitar a delação de Eduardo Cunha,
ex-presidente da Câmara que está preso em Curitiba.
Depois de muito
prometer e não entregar nada de relevante, Cunha, enfim, resolveu abrir o bico
e detalhar o esquema do qual fez parte. As denúncias envolvem gente graúda da
República e desvios na Petrobras e na Caixa Econômica Federal. Há coisa pesada
sendo entregue aos investigadores.
Um dos envolvidos nas
negociações com Cunha diz que as primeiras tentativas de delação dele foram
muito fracas, decepcionantes. Por isso, nenhum acordo foi adiante. Agora, o
quadro mudou. Segredos da República estão sendo entregues com requintes de
detalhes e provas.
Resta saber até onde
vai Cunha. Ele não se conforma de estar preso há tanto tempo, jogado aos leões
sem ninguém para defendê-lo. Reclama ainda da falta de dinheiro. Boa parte das
queixas, no entanto, é lorota.
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