O Twitter encaminhou
nesta segunda-feira (12) ofício ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmando
que os perfis do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e de seu partido, o PSL,
não contrataram serviço de disseminação de suas mensagens na plataforma, o chamado
impulsionamento de conteúdo.
A empresa diz não
permitir anúncios de campanha eleitoral no Brasil e em outros três países –
Marrocos, Paquistão e Coreia do Sul – mas, mesmo assim, “averiguou internamente
e foi constatado que as contas verificadas do candidato Jair Messias Bolsonaro
e do partido político Partido Social Liberal (PSL) [@jairbolsonaro e
@psl_nacional] não contrataram impulsionamento de qualquer conteúdo, seja este
eleitoral ou não”.
A resposta foi dada ao
ministro Luís Roberto Barroso, relator no TSE da prestação de contas da
campanha de Bolsonaro. Ele determinou na quinta-feira (8) a WhatsApp, Facebook,
Twitter, Instagram e Google que respondessem, em um prazo de três dias, se
houve contratação de disparos em massa a favor do candidato durante as
eleições, seja por ele ou por qualquer outra pessoa.
Sobre outras contas –
que não as de Bolsonaro e do PSL- o Twitter respondeu de forma genérica dizendo
que suas regras não permitem impulsionamento de conteúdo eleitoral no Brasil.
Mesmo assim, afirmou que “para que seja possível o fornecimento de qualquer
informação referente a conteúdo orgânico ou patrocinado na plataforma Twitter,
faz-se imprescindível que os tuítes sejam devidamente especificados por meio de
suas respectivas URLs, que permitam a localiazação inequívoca de seu conteúdo”.
As notificações às gigantes da internet foram emitidas na sexta (9).
O Twitter foi o
primeiro a responder. As outras empresas ainda não se manifestaram. “Apesar da
permissão de veiculação de propaganda eleitoral paga na Internet por meio da
contratação de impulsionamento de conteúdo (…) as políticas de anúncios atuais
do Twitter não permitem a contratação de impulsionamento de propaganda
eleitoral para as campanhas direcionadas ao Brasil”, disse a empresa por meio
de seus advogados.
Em sua decisão, Barroso
determinou que as empresas descrevam o nome, número do CPF/CNPJ do eventual
contratante, data da contratação, tipo e valor do serviço adquirido.
Em 18 de outubro a
Folha de S.Paulo revelou que empresários impulsionaram disparos por WhatsApp
contra o PT. A prática é ilegal, pois se trata de doação de campanha por
empresas, vedada pela legislação eleitoral, e não declarada. Bolsonaro e seus
aliados negam que tenham contratado esse tipo de serviço.
Com Folha de PE, com
informações da Folha de São Paulo
0 comentários:
Postar um comentário