A sexta-feira aponta
para um dia de ganhos nas Bolsas, após a indústria farmacêutica americana
Gilead apresentar dados preliminares do sucesso do tratamento com 125 pacientes
atingidos pela Covid-19 com o remédio Remdesivir. Apenas dois pacientes morreram
após o uso da droga e a maioria ficou curada em questão de dias.
O estudo, contudo, não
foi feito com um chamado grupo de controle, então é difícil saber se os
pacientes foram realmente curados pela droga. A Gilead informou à CNN que
publicará os resultados completos do estudo no final de abril.
“A melhor notícia é que a maioria dos nossos pacientes já recebeu alta,
o que é sensacional. Nós tivemos apenas dois óbitos”, disse a doutora
Kathleen Mullane, infectologista da Universidade de Chicago que coordenou o
estudo para a Gilead, em um vídeo obtido pela CNN.
A notícia de que a
droga da Gilead aparentemente é efetiva contra o coronavírus, bem como outra
informação, a de que a fabricante de aeronaves Boeing finalmente retomará a
produção na sua fábrica perto de Seattle em 20 de abril, deram impulso aos
mercados nesta manhã.
Por volta das 6h40,
futuro do índice Dow Jones subia quase 3%, enquanto o do S&P 500 tinha alta
de 2,5%. A Bolsa alemã valorizava 3% e a do Reino Unido operava com um ganho de
2,4% (acompanhe a cobertura do mercado em tempo real no Telegram do InfoMoney).
Outra notícia que dá
impulso aos mercados nesta sexta é o anúncio feito ontem pelo presidente
americano Donald Trump de que a economia dos Estados Unidos “reabrirá” a partir
de primeiro de maio, em três fases.
Trump apresentou
diretrizes para o recomeço das atividades fechadas pelas quarentenas e a
implementação depende dos governos estaduais, que estabelecerão os critérios
para quais negócios e serviços poderão voltar a funcionar.
Ontem à noite, foi
divulgado um número bastante esperado, o do PIB chinês no primeiro trimestre de
2020. Os dados mostraram que a economia teve uma contração de 6,8%, o pior
resultado desde 1992, quando o país começou a publicar estatísticas
trimestrais.
O número também ficou
acima da estimativa da agência Bloomberg, que previa uma queda de 6%.
A notícia, no entanto,
teve pouco impacto nos mercados. As Bolsas da Ásia fecharam em alta. Na China,
a valorização foi de 0,66% e, no Japão, de 3,15%.
Infomoney
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