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quarta-feira, 8 de julho de 2020

OMS reconhece transmissão de novo coronavírus pelo ar

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu nesta 3ª feira (7.jul.2020) que existem evidências de que o novo coronavírus pode ser transmitido pelo ar e recomendou que a população evite espaços fechados e use máscaras.

Em uma carta aberta, 239 cientistas de 32 países alertaram para a possibilidade de que o vírus poderia permanecer ativo em partículas suspensas –e não apenas em gotículas mais pesadas que se precipitam. Eles pediram que a OMS reconhecesse a possibilidade a atualizasse o protocolo de prevenção da covid-19. Como resposta, a organização de saúde disse que estava revisando o artigo.

Em entrevista realizada por teleconferência nesta 3ª (7.jul), Benedetta Allegranzi, especialista da OMS em prevenção e controle de infecções, disse que, depois da revisão, é possível reconhecer “que surgem provas nesse sentido [transmissão pelo ar] e, portanto, devemos permanecer abertos a esta possibilidade e às suas implicações, assim como às precauções que devem ser adotadas”.

Entre as medidas, a infectologista destacou a importância de se evitar lugares fechados, com aglomeração de pessoas. Além disso, recomendou “uma ventilação eficiente e a distância física“. “Quando não é possível, aconselhamos o uso de uma máscara“, completou Allegranzi.

Faremos 1 resumo científico do nosso trabalho das últimas semanas, para consolidar o conhecimento das formas de transmissão. É um patógeno respiratório e é importante que haja uma adaptação das nossas diretrizes”, disse Maria Van Kerkhove, epidemiologista e membro da força-tarefa da OMS na luta contra a covid-19.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, disse, na mesma ocasião, que a epidemia está acelerando e ainda não atingiu o pico mundial. “Embora o número de mortos pareça estabilizado em nível mundial, na realidade, alguns países fizeram avanços significativos na redução do número de casos, enquanto que, em outros, os mortos continuam crescendo [em número]”, afirmou.

Reprodução/YouTube @WHO

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