O ex-juiz titular da Lava Jato e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, vai se filiar ao Podemos, até o dia 10 de novembro. A decisão de que Moro assine a ficha de filiação pelo estado do Paraná — e não por São Paulo — é mais um elemento a colaborar com o projeto de candidatura presidencial, e não ao Senado. O principal líder do Podemos, Álvaro Dias, já detém a única cadeira do Paraná no Senado.
O ex-juiz vai manter
como principal marca de sua eventual candidatura a bandeira do combate à
corrupção. Apoiadores esperam que ele seja recebido pelo eleitorado como uma
espécie de anti-Lula e também de anti-Bolsonaro. Para reforçar essa imagem, e
como forma de marcar o início dessa trajetória, está previsto para o início de
dezembro o lançamento do livro Contra o Sistema da Corrupção, de autoria de
Moro.
O ex-magistrado, que
hoje vive nos Estados Unidos, mantém reserva sobre o tema e evita dar
declarações sobre a candidatura. No entanto, o vazamento de informações sobre
sua filiação, rompendo o compromisso de sigilo, veio logo após a notícia da
filiação do senador Rodrigo Pacheco ao PSD, prevista para esta quarta. Os
movimentos de ambos sinalizam para a tentativa de se destacar do pelotão de
pelo menos sete potenciais pré-candidatos da chamada terceira via, como forma
de se antecipar nas articulações pré-eleitorais.
Na disputa com Pacheco,
Moro é visto como nome mais forte, por sair na frente no quesito “conhecimento
do eleitor”. O ex-juiz é amplamente mais conhecido pelo eleitor do que o
presidente do Senado. No entanto, o senador teria margem expressiva para
crescer, uma vez que está livre da eventual rejeição, à qual Moro não estaria
imune.
R7
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