Após dias de escalada de tensão e ameaças, a Rússia de Vladimir Putin atacou a Ucrânia nas primeiras horas desta quinta-feira (24).
Pouco depois de Putin
ter autorizado, em pronunciamento pela TV, uma operação militar nas regiões
separatistas do leste da Ucrânia, explosões e sirenes foram ouvidas em várias
cidades do país, segundo relatos de repórteres da CNN. A Ucrânia informou que pelo
menos oito pessoas morreram e nove ficaram feridas.
Em seu pronunciamento,
Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da
Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e
voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de
interferência estrangeira.
Em vídeo divulgado nas
redes sociais, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou que impôs a
lei marcial no país e pediu que a população permaneça calma.
“Caros cidadãos
ucranianos, esta manhã o presidente Putin anunciou uma operação militar
especial em Donbas. A Rússia realizou ataques contra nossa infraestrutura
militar e nossos guardas de fronteira. Ouviram-se explosões em muitas cidades
da Ucrânia. Estamos introduzindo a lei marcial em todo o território do nosso
país”, declarou.
O ministro ucraninano
de Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, afirmou que Putin ordenou invasão de
larga escala. “Cidades pacíficas da Ucrânia estão sob ataque. Esta é uma guerra
de agressão”, escreveu.
Um porta-voz do
Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia descreveu a ação militar da
Rússia como um “ato de guerra”, em um comunicado publicado nas redes sociais.
A reação da comunidade
internacional foi imediata. Em declaração divulgada pela Casa Branca na
madrugada desta quinta, o presidente americano Joe Biden disse que a “Rússia
sozinha é responsável pela morte e destruição que esse ataque trará”.
“Me reunirei (nesta
quinta) com os líderes do G7, e os Estados Unidos e nossos aliados e parceiros
imporão severas sanções à Rússia”, afirmou Biden logo após falar ao telefone
com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
A União Europeia também
criticou os ataques. Segundo a chefe da Comissão Executiva do bloco, Ursula von
der Leyen, a União Europeia responsabilizará Moscou pelo ataque “injustificado”
à Ucrânia.
CNN Brasil
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