O Procurador-Geral do
Ministério Público de Contas (MPC/RN), Luciano Ramos, entrou com representação,
nesta terça-feira (07), para que o Tribunal de Contas do Estado investigue,
através de uma auditoria, a legalidade da unificação dos fundos previdenciários
e financeiros. Ele pede ainda que seja exigida, no prazo de 60 dias, a
apresentação de um plano para a recomposição dos recursos do FUNFIRN, cujos
valores estão sendo usados pelo governo para pagamento de pessoal.
De forma cautelar, o
Ministério Público de Contas solicitou que seja determinado ao Poder Executivo
a adoção de medidas imediatas para adequação aos limites estabelecidos pela Lei
de Responsabilidade Fiscal: se abster de realizar novos gastos com pessoal; e
elaborar planejamento de adequação dos gastos com pessoal no prazo de 60 dias,
colocando-os abaixo do limite legal da LRF.
Outro pedido é que o
TCE proceda com a intimação para que as secretarias de Planejamento e do
Gabinete Civil do Estado do Rio Grande do Norte se pronunciem no prazo de 72
horas sobre as cautelares pleiteadas na representação. Caso o pleito do MPC
seja acatado, o presidente Carlos Thompson deverá sortear o nome do conselheiro
que irá relatar a Representação do MPC.
A investigação sobre o
uso dos recursos do FUNFIR tem por base o Procedimento Preparatório instaurado
pelo MPC no dia 9 de janeiro, através de uma representação apresentada pelo
Fórum Sindical, entidade que reúne diversos sindicatos de trabalhadores
estaduais. Segundo MPC, a resposta ao oficio encaminhado ao Governo do Estado,
na época do procedimento, chegou ao Tribunal “com esclarecimentos escassos”.
“Em janeiro do corrente ano, pelo que se sabe, o Executivo estadual
utilizou R$ 93 milhões no mês de janeiro e R$ 35 milhões em fevereiro para
pagar parte dos salários dos servidores inativos. Portanto, em primeira análise
e com base nas informações disponíveis para o Ministério Público de Contas
quando da feitura desta representação, até o presente momento observa-se a
utilização do total de R$ 418 milhões oriundos da conta dos fundos unificados,
cujo destino e valor exato hão de ser averiguados por esta Corte de Contas”,
relata o procurador-geral.








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