Os primeiros resultados
do pente-fino no programa Bolsa Família feito pelo governo interino de Michel
Temer levantaram indícios de fraudes cometidas por cadastradores do programa,
que estão associadas a desembolsos no valor de cerca de R$ 100 milhões. Os cadastradores
são, geralmente, funcionários das prefeituras responsáveis por colocar os dados
dos beneficiários no sistema.
Num dos casos que mais
chamou a atenção, um cadastrador conseguiu a proeza de fazer a adesão de cerca
de 2,4 mil famílias beneficiárias em um único dia. A média diária, por
funcionário, é de 15 inclusões no programa. Há um longo questionário para ser
registrado no sistema a cada cadastramento de beneficiário.
Em outro caso, um mesmo
colaborador cadastrou famílias residentes em 25 diferentes estados. Por mais
que beneficiários possam se mudar, sem interrupção do recebimento do recurso, o
fato suscitou a suspeita de fraude.
O governo não descarta
a possibilidade de ter sido feito um mutirão, com dezenas de colaboradores,
para se chegar à marca de quase 2,5 mil inclusões por dia. Apesar disso, o
episódio é inédito na história do programa e não condiz com boas práticas de
gestão.
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