Fazer prevalecer a
Constituição para que parlamentares não tenham concessões ou permissões de
emissoras de rádio e TV. Exigir desses veículos de comunicação maior
compromisso com a cidadania, sob pena de perder seus direitos de transmissão.
Essas são algumas das sugestões do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do
Distrito Federal (SJPDF) para aperfeiçoar o papel dos meios de comunicação na
formação política da sociedade.
Um dos coordenadores do
SJPDF, Wanderlei Pozzembom defende o fortalecimento da comunicação pública por
meio de ações de movimentos sociais. Para ele, o controle dos grupos de mídia
por políticos representa uma apropriação indevida das concessões públicas. Para
o sindicalista, é preciso aumentar a pressão sobre o Congresso e o Judiciário
para que esse tipo de distorção seja revista e a comunicação seja, de fato,
democratizada.
Entre os parlamentares
apontados pelo MPF como donos de emissoras estão os senadores Aécio Neves
(PSDB-MG), Fernando Collor (PTB-AL) e José Agripino (DEM-RN), três dos nomes
mais conhecidos do Senado, e deputados como José Sarney Filho (PV-MA), atual
ministro do Meio Ambiente, e Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), membro de uma
família que se perpetua há mais de dois séculos no Congresso, como este site
mostrou em abril de 2015.
Caso a demanda de Temer
seja acatada pelo conjunto do Supremo, todos eles poderão explorar meios de
comunicação como proprietários livremente, com o poder de decidir que tipo de
material irá ao ar nas respectivas emissoras. O processo é relatado no Supremo
pela ministra Rosa Weber.
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