Com a aprovação, esta
semana, do projeto de lei da deputada Márcia Maia (PSDB) que cria o Setembro
Verde, o Rio Grande do Norte terá um mês dedicado às ações e ampliação dos
debates e promoção da conscientização sobre a inclusão da pessoa com
deficiência na sociedade. De acordo com números divulgados pela Organização das
Nações Unidas (ONU), ter alguma deficiência aumenta o custo de vida em cerca de
um terço da renda, em média. Apenas 45% (meninos) e 32% (meninas) de pessoas
com deficiência escolar concluem o primário em países em desenvolvimento, como
o Brasil.
“Diante dos números e da realidade, torna-se fundamental debater e dar
ainda mais visibilidade ao tema, ressaltar a importância do respeito às
diferenças, garantir os direitos dessa parcela da população”, afirma a
deputada. Para Márcia Maia, é urgente a luta para mudar a cultura da sociedade
a fim de que a pessoa com deficiência seja vista como qualquer outra, com
habilidade, capacidade, potencial, direito à acessibilidade, igualdade de
oportunidades e sem preconceito, para a construção de uma comunidade mais
inclusiva e solidária.
Entre as pessoas mais
pobres do mundo, 20% têm algum tipo de deficiência. Cerca de 30% dos meninos ou
meninas de rua têm algum tipo de deficiência, e nos países em desenvolvimento
90% das crianças com deficiência não frequentam a escola.
O Rio Grande do Norte é
um dos estados brasileiros com o maior índice de pessoas com um ou mais tipos
de deficiência. No total, segundo último levantamento do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), são mais de 880 mil potiguares portadores de
ao menos uma deficiência. O índice corresponde a 27,8% do total da população. O
estado está, ainda, entre os 10 estados do país com o maior número de pessoas
com deficiência em situação de miséria.
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