O recuo do governador
Robinson Faria (PSD), que decidiu retirar as propostas de ajuste fiscal
enviadas a Assembleia Legislativa, foi criticado pelo deputado federal Rogério
Marinho (PSDB). Para o parlamentar, o conjunto de projetos entregue pelo
vice-governador Fábio Dantas (PCdoB) para análise dos deputados estaduais era
uma “tentativa de ajustar e dar equilíbrio ao Estado”.
“Acho
que este é um equívoco do governador, que tem dificuldade de entender seu papel
de governante. Precisa fazer opções, escolhas, e novamente a escolha do
governador foi a favor das corporações, sindicatos, de privilégios em
detrimento do conjunto da população. É uma pena que governador tenha tomado
essa atitude. Dá sensação de desânimo com esse governo, sensação que governo
acabou, não tem capacidade de ter resolutividade”, disse Rogério.
Segundo o parlamentar, a culpa de “boa parte
dos problemas que temos hoje é justamente de Robinson quando presidente da AL,
que pressionou o governo da época a aumentar o repasse para os poderes e os
aumentos que foram dados de forma irresponsável ao conjunto dos funcionários
públicos, que hoje cobram o preço”.
O deputado ainda fez questão de elogiar a
“coragem, o espírito público e a disposição de acertar” de Fábio Dantas. “O RN está com dificuldades de se manter, o
peso da corporação praticamente inibiu a possibilidade de investimentos em
Saúde, Educação ou Segurança. O Estado mal consegue pagar a sua folha de
funcionalismo e manter o custeio da máquina. O vice-governador teve ato de
coragem e competência administrativa ao mandar o conjunto de leis para a AL,
propostas que retiravam situações que não podiam continuar, como salários acima
do teto constitucional e acumulação de cargos”.
Para Rogério, as ações retiradas por Robinson
eram “importantes para se estabelecer um
equilíbrio mínimo ao RN, para que o Estado pudesse voltar a se preocupar com a
população. Nós temos cerca de 100 mil servidores públicos que merecem total
respeito, mas temos 3 milhões de habitantes no RN que precisam urgentemente de
atenção na Segurança, que está caótica, na saúde, que está um desastre, na
educação lastimável, na infraestrutura que está terrível”.
0 comentários:
Postar um comentário