O ministro Alexandre de
Moraes não vai arredar pé. No esteio do inquérito que apura fake news contra
ministros –e que abarcou a censura nesta segunda (15) dos sites O Antagonista e
Crusoé– foram autorizadas dez operações de busca e apreensão em seis estados do
país. Na mira, computadores, telefones e documentos. Militares da reserva que
pregaram o fechamento do STF entraram na linha de tiro, assim como alguns
procuradores, que foram chamados a prestar depoimento.
As novas movimentações
mostram que o inquérito aberto para apurar ataques à corte vai servir a vários
flancos –e que ele marca novo patamar na tensão entre procuradores e o STF.
Investigadores que acusaram o STF de pactuar com a corrupção serão ouvidos.
No caso que envolve a
notícia divulgada por Crusoé, procuradores que tiveram contato com o documento
que cita opresidente do STF, Dias Toffoli, serão ouvidos. Ministros dizem que é
preciso entender 1) o timing da provocação que levou à menção e 2) o vazamento
e suas motivações.
Entidades e sócios e
diretores de O Antagonista e da Crusoé classificaram a censura do STF como
atentado à liberdade de imprensa e ato de intimidação judicial. A reportagem
retirada dos sites dizia que não há imputação de crime ao presidente do STF na
citação que chegou à Lava Jato.
PAINEL FOLHA
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