Desde a publicação do decreto de calamidade financeira por parte da Prefeita Marianna Almeida (PSD) muitas controvérsias surgiram, até pelo fato da gestão anterior (encerrada em 31 de dezembro de 2020) estar tocando normalmente os atos administrativos sem atrasos nos salários dos servidores, tampouco incorrer em pendências com fornecedores, algo que no início do mês de janeiro já deixou muita gente acreditando que a, suposta, argumentação de "calamidade financeira" não passava de uma manobra administrativa, inclusive adotada em vários municípios do RN, para que alguns novos gestores se utilizassem da medida legal objetivando elencar pagamentos prioritários, em detrimento dos que pudessem ser protelados a bel-prazer da "canetada" de quem chegou agora no Executivo.
Em Pau dos Ferros, por
exemplo, fica difícil acreditar nesta nomenclatura exposta no "decreto de
calamidade fúnebre" das finanças municipais, sendo que de acordo com dados
oficiais do Banco do Brasil (Link para Consulta AQUI), só de repasses federais
entraram R$ 4.488.438,28 (quatro milhões, quatrocentos e oitenta e oito mil,
quatrocentos e trinta e oito reais e vinte e oito centavos); repito: números
relacionados exclusivamente às receitas.
Só para se ter uma boa
noção da atual situação das receitas direcionadas aos cofres da Prefeitura de
Pau dos Ferros, somente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) a atual
gestão recebeu R$ 2.451.914,70 (dois milhões, quatrocentos e cinquenta e um mil
reais, novecentos e quatorze reais e setenta centavos), verdade seja dita,
graças ao fato do município ter obtido a revisão do repasse de 1.4 para 1.6, ou
seja, um incremento de 14,28% nos repasses do FPM.
Somando tudo, a
Prefeitura de Pau dos Ferros recebeu o montante de quase 4 Milhões e meio de
reais, detalhe: isto sem mencionarmos as receitas relativas às arrecadações de
IPVA (Imposto que deixa 50% de arrecadação no Município onde o veículo é
registrado), Recursos Carimbados para Custeio em Saúde e valores referentes a
outros inúmeros impostos cobrados e contabilizados no Sistema de Arrecadação
Tributária próprio do município, o que com certeza revelaria à população que
dinheiro tem! Aparentemente, há a necessidade clara de um melhor gerenciamento
nos gastos e contratações iniciais.
Coletiva Atabalhoada
E quanto àquela cômica
entrevista coletiva transmitida ao vivo pelas redes sociais (repletas de gafes
e discursos políticos) na sede do Poder Executivo?
Não passou de uma
tentativa de execrar publicamente o gestor anterior, Leonardo Rêgo (DEM), que
logo após divulgou uma nota de esclarecimento à altura do nível da pantomima
patrocinada por meios tecnológicos públicos de divulgação que, na prática, não
tem qualquer validade jurídica, apesar de todo aquele estardalhaço pitoresco.
Falácias, arroubos de
ódio político, descontroles emocionais, além da mera criação de factoides
midiáticos para inflamar a população na base do discurso surrado de uma,
hipotética, "herança maldita" não convence mais ninguém. Inclusive,
por se tratar de uma estratégia do "arco da velha" o eleitor já sabe
diferenciar o que é fundamentação lógica de esculhambação grosseira com
requintes de "marginalismo verborrágico".
Quase nenhum novo
gestor(a) perde mais tempo com isso. Até em razão da necessidade da
implementação de um maior dinamismo na administração pública e, também, ante a
nova realidade de pressa por parte da população em visualizar resultados
práticos.
Ao que parece, só em
Pau dos Ferros os atuais mandatários do Executivo local irão persistir nessas
demonstrações públicas de um completo amadorismo, talvez, para ofuscar a nítida
falta de ordem, disciplina e planejamento neste início de mandato da prefeita
Marianna Almeida, que merece todos os méritos pela vitória nas urnas em 2020,
porém, precisa "descer do palanque" logo e, de fato e de direito,
começar a governar sem "olhar pelo retrovisor".
Em suma, é isto. Mas,
torço por dias melhores em Pau dos Ferros, apesar das dúvidas iniciais.
Aguardemos mais um
pouquinho...
Da Política Pauferrense
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