A vacina de
Oxford/AstraZeneca passou nos testes de estabilidade e consistência e a Fiocruz
(Fundação Oswaldo Cruz) deve anunciar nesta segunda (8) o início de sua
produção em larga escala.
Com isso, devem ser
entregues 3,8 milhões de doses do imunizante ao Ministério da Saúde até o fim
de março —a previsão inicial era de 15 milhões, mas um problema no equipamento
que lacra os frascos diminuiu inicialmente o volume.
Pelo novo calendário,
um total de 30 milhões de doses deve ser disponibilizado até abril, e 100
milhões de doses até meados do ano. Elas serão usadas no PNI (Programa Nacional
de Imunização), coordenado pelo governo federal.
A expectativa em torno
dos testes era enorme: qualquer falha poderia retardar ainda mais a produção
num momento em que uma segunda onda de Covid-19, mais agressiva do que a
primeira, ameaça os sistemas de saúde de todos os estados do Brasil. A vacina é
uma esperança de que isso possa em algum momento ser freado.
Os chamados testes de
consistência precisam verificar, por exemplo, se nenhum frasco sai da máquina
contaminado, se o equipamento está colocando em cada um deles o volume correto
do imunizante, e se o ambiente em que são fabricados está na temperatura,
umidade e até pressão corretos.
Para isso, três
produções seguidas, e independentes, têm que ser finalizadas. Se algo dá errado
em uma delas, tudo tem que recomeçar do zero.
“Vários parâmetros têm
que ser minuciosamente observados. Mas deu tudo certo”, diz Marco Krieger,
vice-presidente de produção e inovação em saúde da Fiocruz. “Normalmente é
necessário perder mesmo muito tempo com tudo isso. É uma guerra. Mas que foi
finalizada”, segue ele.
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