Os ministros da 2ª Câmara Ordinária do Tribunal de Contas da União, em votação unânime, condenaram nesta terça-feira, 9, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, o ex-chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba Deltan Dallagnol e o ex-procurador-chefe do Ministério Público no Paraná João Vicente Beraldo Romão a ressarcirem, solidariamente, dano de R$ 2,831,808,17 aos cofres públicos em razão de ‘ato de gestão ilegítimo e antieconômico’ ilegais com o aval para pagamento de diárias e passagens a integrantes da extinta força-tarefa. Além disso, os caciques da falecida operação terão de pagar multa individual de R$ 200 mil cada. Cabe recurso.
A Lava Jato foi a maior
operação já deflagrada no País contra a corrupção. Aberta em março de 2014, foi
extinta em fevereiro de 2021, após a execução de 80 fases ostensivas que
levaram à prisão e condenação de doleiros, empreiteiros, lobistas e políticos. Após
a decisão do TCU, Deltan – hoje pré-candidato à Câmara dos Deputados – afirmou
que a 2ª Câmara da corte de contas ‘entra para a história como órgão que
perseguiu os investigadores do maior esquema de corrupção já descoberto na
história do Brasil’.
Em julgamento nesta
manhã, os ministros acompanharam o entendimento do relator, Bruno Dantas, e
julgaram irregulares as contas especiais de Janot, Deltan e Romão. Em seu voto,
Dantas ainda sugeriu uma apuração à parte, ‘em ação própria e por órgãos
competentes’, de questões que, em tese, podem configurar improbidade
administrativa.
Estadão
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