O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) lança nesta segunda-feira (21) uma campanha com o mote “Lula, cadê a reforma agrária?”, direcionada diretamente ao presidente da República.
Também será divulgada uma
carta em que é feita uma relação entre a defesa da soberania nacional, no
contexto do tarifaço anunciado por Donald Trump (EUA), e a soberania popular e
alimentar do Brasil.
“A ameaça à nossa
soberania popular e nacional também tem vindo de dentro do próprio país, com a
subordinação da nossa agricultura às empresas transnacionais e com as ações do
Poder Legislativo, representante dos interesses do agronegócio e da mineração”,
diz a carta do movimento.
Segundo o MST, “a reforma
agrária é um instrumento de defesa das terras do país, em contraposição ao
agronegócio entreguista, golpista, saqueador e antipatriótico”. Para os
sem-terra, “soberania nacional só é possível com soberania alimentar”.
Desde o início do governo
Lula, a entidade, que apoiou sua eleição em 2022, tem se queixado da lentidão
no processo de reforma agrária e do congelamento de recursos para ações como
incentivo à agricultura familiar e aquisição de alimentos.
O MST já pediu reiteradas
vezes a demissão do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, a quem
culpa pela situação. Na campanha que está iniciando, o movimento diz que
pretende tratar diretamente com Lula, sem intermediários.
“Após mais de três anos
de governo Lula, a reforma agrária continua paralisada —e as famílias acampadas
e assentadas se perguntam: Lula, cadê a reforma agrária?”.
Segundo o movimento,
existem mais de 122 mil famílias acampadas hoje no Brasil, e 400 mil assentadas
que seguem à espera de políticas públicas para melhorar a produção de alimentos
e o desenvolvimento dos lotes.
Na carta que está
divulgando, a entidade repudia o projeto de lei que flexibiliza regras de
licenciamento ambiental e foi aprovado pelo Congresso, aguardando sanção ou
veto do presidente Lula.








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