O Congresso Nacional volta às atividades nesta semana com a oposição tentando emplacar a votação da anistia a envolvidos na suposta tentativa de golpe de Estado.
Ao longo destas últimas
semanas, a cúpula do Congresso não deu sinais de que acatará os pedidos da
oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além de a Câmara não ter
pautado a urgência à anistia em plenário até o momento, o Senado segue sem
avançar com os mais de 25 pedidos de cassação contra o ministro Alexandre de
Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
A anistia e o impeachment
de Moraes estão hoje entre os principais pleitos da oposição em meio ao
tarifaço e às sanções dos Estados Unidos a ministros do Supremo.
Parlamentares do PL, como
Eduardo Bolsonaro (SP), chegam a defender que toda a situação seria
supostamente resolvida se fosse concedida uma anistia ampla e irrestrita. Na
prática, isso livraria o pai e ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL).
Na última semana, o
senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) alegou não haver imparcialidade nem o devido
processo legal nas ações contra o pai e o irmão relatadas por Moraes no
Supremo.
Já o deputado Nikolas
Ferreira (PL-MG) voltou a expor nas redes sociais os senadores que apoiam ou
não um impeachment. A contabilidade mostra que a oposição ainda está longe de
conseguir os 54 votos necessários.
Embora com respostas mais
tímidas do que as do Supremo ou as do Planalto, tanto Hugo Motta
(Republicanos-PB), presidente da Câmara, quanto Davi Alcolumbre (União-AP),
presidente do Senado, afirmaram que não aceitarão interferências na atuação dos
Poderes. Eles reforçaram que a soberania nacional é inegociável.
Hugo negou ao grupo,
durante o recesso informal, promover reuniões de comissões na Câmara comandadas
pelo PL. A ideia do grupo era aprovar moções de apoio a Bolsonaro e usar o
espaço para discursos. Embora o recesso fosse extraoficial, o presidente da Casa
proibiu qualquer reunião, já que os trabalhos seriam prejudicados pela ausência
dos demais parlamentares.
Enquanto isso, o centrão
evitou comprar qualquer briga direta. Deputados e senadores da ala aproveitaram
o recesso para descansar ou articular nas respectivas bases eleitorais. Nem
todos concordam com o discurso mais radicalizado de Eduardo Bolsonaro.
A comitiva de senadores
que foi aos Estados Unidos na busca de abrir um diálogo de negociação para o
tarifaço incluiu parlamentares de oposição, como Marcos Pontes (PL-SP),
Esperidião Amin (PP-SC) e Tereza Cristina (PP-MS).
No entanto, ninguém na
viagem foi com a intenção de criticar o governo Lula ou Alexandre de Moraes aos
americanos. Pelo contrário: a união deu a tônica do grupo ao lado de petistas.
CNN








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