A articulação que levou à derrota do senador Omar Aziz (PSD-AM) na disputa pela presidência da CPI do INSS começou em um jantar promovido pelo presidente do União Brasil, Antonio Rueda, em Brasília, para celebrar a federação do partido com o PP.
Embora não tenha sido
convocado para tratar da comissão, o encontro reuniu governadores e líderes
partidários, tornando-se palco de costuras políticas da oposição, liderada por
Rogério Marinho (PL-RN) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Eles lançaram a candidatura
de Carlos Viana (Podemos-MG), que acabou eleito com 17 votos contra 14 de Aziz,
surpreendendo o governo Lula.
A derrota governista foi
atribuída a falhas de articulação, sobretudo do líder do governo no Congresso,
Randolfe Rodrigues (PT-AP), e do presidente da Câmara, Hugo Motta
(Republicanos-PB), criticado por antecipar a indicação do relator Ricardo Ayres
antes mesmo da definição do comando da CPI. Aziz, associado à CPI da Covid e
visto por opositores como hostil à direita, também enfrentou resistências por
sua proximidade com o Planalto e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre
(União Brasil-AP). O novo presidente da CPI, Carlos Viana, escolheu o deputado
Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), aliado de Jair Bolsonaro, como relator.
Com a oposição
fortalecida, o colegiado deve convocar figuras como Carlos Lupi, ex-ministro da
Previdência, e Alessandro Stefanutto, ex-dirigente do INSS investigado pela PF.
Até mesmo Frei Chico, irmão de Lula, aparece entre os nomes que podem ser chamados.
A base governista, por sua vez, tenta construir a narrativa de que o escândalo
dos descontos ilegais só veio à tona durante o atual governo, ressaltando que o
esquema atravessa também os governos Temer e Bolsonaro.
Com informações do jornal
O Globo








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