O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), teria violado aLGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) ao investigar envolvidos nos atos criminosos do dia 8 de janeiro de 2023. É o que aponta uma denúncia publicada pela Civilization Works — organização americana que defende ideais liberais.
A Civilization Works é
uma organização de pesquisa e causas públicas, com posicionamento em defesa da
civilização liberal-democrática e crítica ao que considera autoritarismo
progressista.
A publicação exibe a
troca de mensagens que seriam do ex-assessor de Moraes no TSE (Tribunal
Superior Eleitoral), Eduardo Tagliaferro, com outros juízes e auxiliares do
ministro, entre eles a chefe de gabinete no STF Cristina Kusuhara.
As conversas vazadas
indicam que o Moraes teria contado com funcionários do TSE para realizar uma
investigação extraoficial sobre os detidos.
Por lei, qualquer pedido
de dados pessoais deve ser feito pelo Ministério Público ou via autoridades
policiais, devidamente justificado e autorizado por um juiz competente.
As unidades internas do
TSE não têm autoridade para conduzir investigações criminais ou substituir
funções da polícia judiciária.
Segundo o texto da
Civilization Works, a AEED (Assessoria Especial para o Combate à Desinformação)
teria começado a operar como uma estrutura paralela de triagem criminal sem
qualquer base legal. Equipes sob a direção do TSE, ainda segundo o texto, teriam
acessado bancos de dados biométricos do tribunal e vasculhado perfis nas redes
sociais, gerarando relatórios internos.
Certidões produzidas com
essas informações nunca foram compartilhadas e submetidas às defesas, nem
fizeram parte dos autos, diz a organização na publicação.
O texto afirma também que
a equipe da AEED teria recebido acesso ao GestBio e começado a usá-lo para
identificar manifestantes com base em imagens — GestBio é o sistema do TSE que
armazena os dados biométricos dos eleitores, como impressões digitais, fotos do
rosto e assinaturas coletadas durante o cadastro eleitoral, informações usadas
para evitar fraudes e duplicidade de registros.
CNN








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