A decretação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro já era algo esperado pelo governo americano. O Departamento de Estado tem um plano pronto há pelo menos duas semanas, com respostas predefinidas para cada ação da Justiça ou do governo brasileiro.
O plano prevê ampliar as
sanções da Lei Magnitsky, já adotadas contra o ministro Alexandre de Moraes,
para os demais juízes do STF (Supremo Tribunal Federal) que têm votado a favor
das medidas contra Bolsonaro e as redes sociais.
Essas sanções congelam os
eventuais bens deles nos Estados Unidos e podem se estender também a
organizações vinculadas a eles, como bancos nos quais tenham contas, por
exemplo.
O leque de sanções
políticas inclui também retirar os vistos de entrada aos Estados Unidos de
autoridades do primeiro escalão do Palácio do Planalto, poupando o presidente
Lula, a primeira-dama Janja da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Diante de eventuais
reações do STF ou do governo, o próximo passo pode ser a retirada das
credenciais da embaixadora do Brasil em Washington e a suspensão dos vistos
concedidos a cidadãos brasileiros em geral – com possível taxa de US$ 500 para
serem renovados ou até mesmo o banimento.
A visão em Washington é a
de que o Supremo Tribunal Federal, em coordenação com o governo Lula, está
determinado a não permitir que Bolsonaro influencie nas eleições do ano que
vem.
O presidente dos EUA,
Donald Trump, vê um paralelo com os problemas que ele enfrentou com a Justiça
no ano passado, e pretende enfatizar essa identificação, para demonstrar que a
esquerda é autoritária e ele é o verdadeiro líder da causa da liberdade e da
democracia.
Após a decisão de Moraes,
o Departamento de Estado dos EUA condenou a ordem de prisão domiciliar. Em uma
publicação nas redes sociais, o Escritório para Assuntos do Hemisfério
Ocidental chamou a ação de “ameaça a democracia”.
“Deixem Bolsonaro falar!
Os Estados Unidos condenam a ordem de Moraes que impõe prisão domiciliar a
Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que auxiliarem e forem cúmplices da
conduta”, finaliza o comunicado”.
CNN – Lourival Sant’Anna








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