Um dos ministros mais próximos do presidente Lula, Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, reagiu ao avanço do projeto de anistia na Câmara dos Deputados.
Em conversa com a coluna
do Paulo Cappelli nesta quarta-feira (17), o ministro comparou uma eventual
anistia a um atentado contra a harmonia dos Poderes e argumentou que a medida
seria inconstitucional.
“Os agentes públicos,
financiados com dinheiro público, conspiraram contra a democracia, contra a
Constituição e contra a liberdade do povo. Essas pessoas fizeram isso e geraram
provas contra elas próprias. Há assim uma vasta comprovação dos atos criminosos
praticados”, argumentou Macêdo.
O ministro prosseguiu:
“Houve um julgamento, que respeitou o devido processo legal, o amplo direito de
defesa, a garantia do contraditório. Foi um julgamento que fortaleceu a
democracia brasileira. Então, a anistia é inconstitucional e atenta contra a harmonia
entre os Poderes”.
O ministro concluiu
citando pesquisas de opinião:
“Uma anistia não é um bom
recado para o povo brasileiro, que, em sua maioria, segundo as mais recentes
pesquisas, demonstrou ser contra esse projeto e também mostrou sua aprovação ao
julgamento conduzido pelo STF”.
Em reunião com líderes de
partidos, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), prometeu pautar
para esta quarta-feira a votação do requerimento de urgência envolvendo o
projeto de lei, capitaneado pela oposição, que busca anistiar Jair Bolsonaro e
outros condenados por um suposto golpe de Estado.
Metrópoles – Paulo
Cappelli








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