O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), chamou de injusta a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos de prisão por uma suposta tentativa de golpe de Estado, acusado de liderar uma trama para permanecer no poder, nesta quinta-feira (11) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
“Se não se pode transigir
com a impunidade, também não se pode desprezar o princípio da presunção da
inocência, condenando sem provas. O resultado do julgamento, infelizmente, já
era conhecido. Bolsonaro e os demais estão sendo vítimas de uma sentença injusta
e com penas desproporcionais”, escreveu Tarcísio nas redes sociais.
Bolsonaro também foi
considerado culpado pelos crimes de organização criminosa armada, abolição do
Estado democrático de Direito, dano qualificado ao patrimônio público e
deterioração do patrimônio tombado.
Cotado a presidenciável
para 2026 por líderes de partidos da direita e da centro-direita, Tarcísio tem
se dedicado, ao longo da última semana, a tentar fazer avançar no Congresso
Nacional o projeto de anistia a Bolsonaro. A pauta é tratada como prioridade
pelo ex-presidente e seus filhos para indicar um sucessor na disputa à
Presidência da República no ano que vem, já que além de ter sido condenado e
estar em prisão domiciliar, Bolsonaro também está inelegível.
“A história se
encarregará de desmontar as narrativas e a justiça ainda prevalecerá. Força,
presidente. Seguiremos ao seu lado!”, acrescentou o governador.
Bolsonaro está inelegível
e em prisão domiciliar por ordem de Alexandre de Moraes, relator do caso e
condutor da tese julgadora que acabou vencedora. Nome da corte à frente das
diversas investigações relacionadas ao ex-presidente, ele é também o principal
alvo de críticas do bolsonarismo.
No domingo, durante o ato
de 7 de setembro, Tarcísio chamou Moraes de tirano e ditador, em uma escalada
que contrastou com o papel que muitos na direita esperavam que ele
desempenhasse: o de interlocutor, junto ao STF, em prol do ex-presidente.
O julgamento da trama
golpista no STF foi concluído na noite desta quinta em meio a troca de elogios
entre os ministros, piadas e desagravo a Moraes.
Filho mais velho do
ex-presidente e porta-voz dele no mundo político desde que Bolsonaro passou a
cumprir prisão domiciliar, em 4 de agosto, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
disse, na noite desta quinta, que o pai está firme e de cabeça erguida diante da
sentença e que tem pregado a união da direita para as eleições de 2026.
“Única certeza que temos
é que Lula não vai ser presidente em 2027, porque a direita vai estar mais
unida do que nunca, para resgatar o Brasil das mãos dessa quadrilha”, disse
Flávio.








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