O desgaste entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional ameaça comprometer a cerimônia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve sancionar, nesta quarta-feira (26), a lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil. Embora convidados, os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), não haviam confirmado presença até a véspera, refletindo o clima azedo entre as cúpulas dos Poderes.
Nos bastidores, a
ausência de ambos é atribuída a rupturas recentes com articuladores do governo
no Legislativo. Alcolumbre rompeu com Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo
no Senado, após Lula indicar Jorge Messias ao STF sem consultá-lo previamente —
movimento que frustrou o grupo que apoiava o nome de Rodrigo Pacheco (PSD-MG)
para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso.
Na outra ponta, Hugo
Motta se afastou do líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), declarando
que só tratará de temas com o deputado de forma estritamente institucional. O
atrito acabou respingando também na relação da Casa com o Planalto, ampliando a
resistência de Motta a participar da agenda presidencial.
Apesar das tensões, os
parlamentares responsáveis pela relatoria da proposta no Congresso confirmaram
presença no ato. Rivais históricos em Alagoas, Arthur Lira (PP) e Renan
Calheiros (MDB) estarão no evento, reforçando o peso político da medida
econômica mesmo em meio à turbulência entre Executivo e Legislativo.
Com informações do R7








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