O deputado federal Fernando Mineiro exagerou – e muito – ao defender que o secretário da Fazenda, Cadu Xavier, seja escolhido pela Assembleia Legislativa para um eventual “mandato tampão” no Governo do Estado. A declaração soa mais como delírio político do que como construção institucional séria.
A ideia de empurrar para
o comando do Rio Grande do Norte um nome que nunca passou pelo crivo das urnas
é um desrespeito direto à vontade popular. Como é que 24 deputados, em uma
eleição indireta, legitimariam um governador que o povo jamais escolheu em voto
direto? Em um estado já mergulhado em crise fiscal e política, essa tese parece
mais uma manobra de bastidor do que qualquer solução real.
Ao levantar essa
hipótese, Mineiro ignora o desgaste profundo do atual governo e subestima o
sentimento das ruas. Em vez de defender transparência e legitimidade, prefere
apostar em um atalho político que beira o absurdo. A pergunta que fica é
simples e direta: em que realidade paralela Mineiro está vivendo para achar que
a Assembleia teria autoridade moral para impor ao estado um governador que
nunca foi votado?








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