A decisão do ministro
Gilmar Mendes que restringe a apresentação de pedidos de impeachment contra
magistrados do STF gerou forte reação entre parlamentares de direita no
Congresso. Para aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, a medida ocorre
justamente no momento em que o grupo intensifica articulações para eleger uma
bancada robusta ao Senado em 2026 — movimento visto como essencial para
destravar denúncias já existentes contra ministros da Corte.
A informação é de William
Waack, da CNN. Pela liminar, apenas a Procuradoria-Geral da União poderá
protocolar pedidos de impeachment, e sua abertura no Senado passará a exigir
apoio de dois terços dos senadores, elevando significativamente o grau de dificuldade.
Oposição e lideranças conservadoras classificam a decisão como uma tentativa de
“autoproteção” do Supremo diante da possibilidade de uma mudança no cenário
político a partir de 2027. Rogério Marinho (PL-RN), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e
Esperidião Amin (PP-SC) criticaram publicamente o que chamam de “usurpação de
prerrogativas” do Legislativo.
O impacto foi imediato no
Congresso. A decisão surpreendeu até governistas e levou senadores a acelerar
PECs que restabeleçam o direito de qualquer cidadão apresentar denúncias contra
ministros, além de propostas que limitam decisões monocráticas e criam mandatos
para integrantes do STF. Hoje, há ao menos 47 pedidos de impeachment parados, a
maioria contra Alexandre de Moraes.
Para parlamentares, a
liminar fere a separação de Poderes e retira atribuições do Senado. Davi
Alcolumbre (União Brasil-AP) reuniu líderes partidários logo após tomar
conhecimento da decisão e criticou duramente a medida no plenário, defendendo
mudanças para impedir que um único ministro suspenda, sozinho, leis aprovadas
pelo Congresso e sancionadas pelo presidente da República.
Com informações da CNN








0 comentários:
Postar um comentário