Patética a cena dos
deputados estaduais, liderados por Ezequiel Ferreira (PSDB), presidente da
Assembleia Legislativa, entregando viaturas policiais como se eles, os nobres
parlamentares, fossem os condutores da gestão pública no Rio Grande do Norte.
Mais grave ainda foi o
espetáculo em torno da entrega das chaves da viaturas, empilhadas numa área
movimentada de Natal para mostrar ao cidadão que os deputados trabalham pelo
povo. Daqui a pouco o VT patrocinada pelo dinheiro público estará veiculado em
emissoras de televisão.
As 50 viaturas foram
compradas com o dinheiro público, sobras do duodécimo da Assembleia
Legislativa, que deveriam ter sido devolvidas aos cofres do Estado. Caberia o
próprio Estado licitar e comprar os veículos. Ou usar o dinheiro para amenizar
o sofrimento do servidor público, que continua com os salários atrasados porque
o cofre está vazio.
Os deputados, sem o
pingo de vergonha, fizeram propaganda do “feito”. Alguns exageram na dose ao
fazer fotos entregando chaves de viaturas, acompanhado de algum policial, para
em seguida distribuir nas redações de jornais e de outros veículos de
comunicação.
A imagem do deputado
Dison Lisboa, líder do governo na Assembleia, entregando uma viatura é
emblemática. Usando tornozeleira eletrônica, por ser condenado por crime de
improbidade administrativa, Dison ao lado de uma viatura policial foi um
espetáculo.
As redes sociais não
perdoaram e tiraram um “sarro” do deputado da tornozeleira. Um navegador
curtiu: “Jesus já pode voltar, viu.”
Bom.
As cenas todos viram. O
circo faz parte do ano eleitoral. Os nobres deputados apresentaram seus
números, alguns bizarros, para conquistar a grande plateia – leia-se o eleitor.
E assim segue a
política e os políticos, em grande circular de imoralidade.
Fonte: Jornal de Fato/César Santos
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