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sábado, 13 de dezembro de 2025

Vereador Pedro Chaves é eleito presidente da Câmara Municipal de Olho D’Água do Borges

Após uma sequência de reviravoltas políticas envolvendo a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Olho D’Água do Borges, o vereador Pedro Chaves foi eleito presidente da Casa Legislativa na tarde desta sexta-feira (12/12/2025). A escolha ocorreu por unanimidade dos presentes — 7 votos a favor e 2 ausências. Pedro foi eleito para um mandato tampão de um ano. Parlamentar mais antigo da casa, Pedro está em seu quinto mandato e é reconhecido como um homem simples, de palavra, compromisso e postura firme ao longo de sua trajetória pública.

Entenda o caso

Logo após as eleições municipal de 2024, aconteceu uma reunião envolvendo vereadores eleitos, não eleitos e lideranças políticas definiram consensualmente, que a presidência da Câmara passaria a ter mandatos anuais. A proposta buscava garantir que toda a base governista tivesse a oportunidade de comandar a Casa ao longo da legislatura.

O projeto que alterou a Lei Orgânica e o Regimento Interno foi enviado ao plenário e aprovado por unanimidade, instituindo oficialmente o mandato de um ano.

Entretanto, posteriormente, os vereadores aprovaram um novo projeto de lei, revertendo essa mudança e restabelecendo o modelo anterior, com mandatos de dois anos. Com essa nova decisão e a eleição de Pedro Chaves, o quadro sucessório da câmara ficou definido da seguinte forma: O vereador Hugo Maia encerra seu mandato como presidente em 31 de dezembro de 2025, enquanto Pedro Chaves assumirá o comando da Casa durante o ano de 2026, em um mandato tampão. Já o próximo presidente será eleito para o biênio 2027/2028.

Apesar da eleição de Pedro Chaves — integrante da base governista e escolhido por unanimidade dos presentes — ainda permanece dúvidas sobre como o tabuleiro político interno da Câmara irá se reorganizar.

O verdadeiro termômetro dessa nova configuração será o pleito estadual de 2026, quando alianças serão testadas, e cada movimento político dentro da Casa ganhará peso estratégico. É nesse ambiente que se definirá se a base governista conseguirá manter coesão ou se novas fissuras abrirão espaço para novos rearranjos políticos.

Do blog do Gilberto Dias

sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

General Girão abre as portas do PL para Nina Souza: ‘Ela será muito bem-vinda

O deputado federal General Girão (PL), pré-candidato à reeleição, afirmou ao Diário do RN que a vereadora licenciada Nina Souza, atual secretária de Assistência Social de Natal e esposa do prefeito Paulinho Freire, será “muito bem-vinda” caso decida se filiar ao Partido Liberal. A sinalização ocorre em meio às movimentações de bastidores sobre possíveis mudanças partidárias para formação de nominatas. Nenhuma das partes, contudo, oficializou tratativas.

Ainda assim, há a informação de que uma reunião ocorreu em Brasília com representantes do PL para discutir cenários e composições para 2026, incluindo a vereadora do União Brasil.

“A vereadora Nina Souza é uma amiga já de longa data, desde 2014 que a gente se conhece. Tive a felicidade de apoiar por duas vezes a candidatura dela a vereadora de Natal e reconheço o excelente trabalho que ela faz. Ela é uma grande política, uma grande articuladora e uma das mulheres mais fortes da política do Rio Grande do Norte na atualidade. Ela será muito bem-vinda em qualquer nominata. Espero que seja na nossa”, disse.

Nina Souza é filiada ao União Brasil, mas abriu possibilidade de mudança pelo alinhamento com a direita e acordos firmados em 2024 entre Paulinho Freire e Rogério Marinho (PL) e Álvaro Dias (Republicanos) para as próximas eleições gerais. A parceria se choca com projeto do União Brasil, de apoiar a candidatura do centro, encabeçada por Allyson Bezerra (UB), sem acordo com a ala à direita.

Colômbia admite que pode dar asilo a Maduro caso ele renuncie ao poder

A chanceler da Colômbia, Rosa Villavicencio, afirmou que o país não descarta conceder asilo político ao presidente venezuelano Nicolás Maduro caso ele renuncie e deixe o comando da Venezuela. A declaração ocorre em meio ao aumento da pressão dos Estados Unidos, que intensificaram a tensão regional após apreenderem um navio petroleiro ligado ao regime venezuelano nesta semana.

Villavicencio disse que Washington e Caracas voltaram a dialogar recentemente para tentar negociar uma saída segura para Maduro. Segundo ela, se o acordo envolver a necessidade de o presidente venezuelano buscar proteção em outro país, a Colômbia estaria disposta a recebê-lo. A fala ocorre após reportagens do Miami Herald e do New York Times revelarem que Maduro conversou por telefone com Donald Trump no fim de novembro, quando o republicano teria oferecido passagem segura para ele e sua família deixarem a Venezuela — proposta rejeitada por Maduro.

Ainda de acordo com o Miami Herald, a negociação entre Maduro e Trump não avançou, e a Casa Branca considerou o diálogo encerrado. A pressão dos EUA também mira o governo colombiano: Trump intensificou ataques contra Gustavo Petro, a quem chamou de “narcotraficante”, a mesma acusação feita ao líder venezuelano.

Na quinta-feira (11), Trump voltou a elevar o tom e disse que a Colômbia “está produzindo muita droga”, enviando um recado direto a Petro: “É melhor ele se conscientizar ou será o próximo. Ele será o próximo em breve. Espero que ele esteja ouvindo.” As falas aumentam ainda mais o clima de instabilidade política na região.

Com informações do Metrópoles

quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Pesquisa Consult: Candidaturas de Rogério e Álvaro crescem e empatam técnicamente com Alysson

A mais recente pesquisa Consult, realizada entre 2 e 5 de dezembro, confirmou o acirramento da corrida pelo Governo do Rio Grande do Norte. O levantamento aponta Allyson Bezerra (União) com 30,47% das intenções de voto, enquanto Rogério Marinho (PL) aparece logo atrás, com 28,76% — uma diferença de apenas 1,71 ponto percentual, dentro da margem de erro de 2,3%. Carlos Eduardo Xavier (PT) surge em terceiro, com 6,41%. Outros 21% não souberam responder e 13,35% disseram não votar em nenhum.

O novo resultado confirma a tendência de aproximação registrada ao longo do ano. Nas quatro pesquisas da Consult de 2025, a vantagem de Allyson vem diminuindo: eram seis pontos em maio, caiu para 4,7 em agosto, desceu para 2,4 em outubro e agora chega ao menor patamar. Allyson e Rogério oscilaram pouco, enquanto Cadu mantém crescimento gradual desde o início do ano.

A Consult também simulou um cenário em que Álvaro Dias (Republicanos) substitui Rogério Marinho na disputa. Nesse caso, Allyson lidera com 30,53%, seguido por Álvaro com 25,12% e Cadu com 6,35%. Na série histórica, o ex-prefeito de Natal também mostra avanço, embora ainda distante do líder. No voto espontâneo, Allyson aparece com 7,47% contra 4,47% de Rogério, seguido por nomes como Styvenson Valentim (2,06%) e Álvaro Dias (1,06%).

A nova pesquisa Consult foi realizada entre os dias 2 e 5 de dezembro, com confiabilidade de 95%. Ao todo, foram 1,7 mil entrevistados nas 12 regiões do Estado. A pesquisa espontânea ainda revela forte indecisão do eleitorado: 78,47% não souberam indicar nenhum nome, enquanto 4% afirmaram não votar em ninguém.

PESQUISA CONSULT: Fátima volta ao nível de maio com 65% de desaprovação

A nova pesquisa Consult mostra que a desaprovação ao governo Fátima Bezerra voltou a crescer e alcançou 65,24% em dezembro, praticamente repetindo o índice de maio (65,18%). O movimento confirma a tendência de desgaste registrada ao longo do segundo semestre. Em agosto, o índice era de 62,24% e subiu para 64,59% em outubro, antes de atingir o nível atual.

Sobre a aprovação do governo, em dezembro, 21,65% dos entrevistados avaliaram positivamente a gestão estadual. Em outubro, o percentual era de 19,53%. Em agosto, o número havia sido de 22,94%, enquanto em maio — primeira pesquisa do ano — o índice era de 19,47%.

No caso de Fátima, os números revelam um cenário de atenção para o último ano de mandato, embora ainda com uma base fiel de aproximadamente um quinto do eleitorado.

O levantamento reforça o desafio do governo estadual em recuperar apoio popular em meio ao ciclo eleitoral de 2026, já que a curva de desaprovação mantém trajetória ascendente mesmo em períodos distintos do ano.

A nova pesquisa Consult foi realizada entre os dias 2 e 5 de dezembro, com confiabilidade de 95%. Ao todo, foram 1,7 mil entrevistados nas 12 regiões do Estado.

Com informações da Tribuna do Norte

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

EUA já planejam “dia pós-Maduro” enquanto tensão militar cresce

O governo Donald Trump analisa cenários para uma possível transição na Venezuela caso Nicolás Maduro seja derrubado, segundo documentos obtidos pelo Washington Post. As discussões envolvem desde os planos da oposição liderada por María Corina Machado até o comportamento das Forças Armadas venezuelanas, cuja fidelidade ao regime pode ter sido subestimada por Washington.

A preocupação aumenta em meio à escalada militar dos últimos meses, marcada pela presença do superporta-aviões USS Gerald R. Ford e de uma frota americana próxima ao território venezuelano. Desde setembro, os EUA ampliaram operações no Caribe e no Pacífico, destruindo embarcações suspeitas de tráfico e resultando em dezenas de mortes. Ao mesmo tempo, seguem as sanções econômicas e os alertas para que companhias aéreas evitem o espaço aéreo do país.

Trump tem feito ameaças repetidas sobre expandir ações militares em solo venezuelano, além de classificar o Cartel de los Soles como organização terrorista — medida que abre caminho para operações mais agressivas. O governo Maduro rejeita todas as acusações e afirma que os EUA buscam uma mudança de regime para explorar os recursos naturais venezuelanos, especialmente o petróleo.

No poder desde 2013, Maduro acusa os EUA de tentarem derrubá-lo e afirmou que tanto a população quanto os militares estão prontos para resistir. A crise diplomática, que já dura meses, coloca a região diante de um dos maiores riscos de conflito aberto em décadas.

Com informações da CNN

Flávio Bolsonaro diz que derrotar Lula em 2026 é “única saída” para livrar o pai da prisão

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que sua candidatura à Presidência em 2026 é definitiva e que só recuará caso Jair Bolsonaro esteja “livre e nas urnas”. Em entrevista publicada nesta segunda (8), ele declarou que a derrota do presidente Lula (PT) no próximo pleito seria a única forma de “salvar” o pai da prisão, reforçando que não há chance de apoiar o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Flávio disse ter alinhado sua decisão diretamente com Tarcísio, que garantiu apoio, e afirmou que sua pré-candidatura reacende a militância bolsonarista. Ele se apresenta como uma versão “mais moderada” do ex-presidente e cita divergências públicas, como a adesão à vacina contra a covid-19. O senador também mantém diálogo com Paulo Guedes e promete retomar o projeto econômico do ex-ministro, com foco em controle de gastos e metas para a dívida pública.

O parlamentar voltou a condicionar qualquer negociação sobre anistia dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 à elegibilidade do pai, negando que haja “chantagem”. Para ele, impedir a reeleição de Lula e libertar Bolsonaro são objetivos ligados. No campo da segurança pública, afirmou defender medidas “radicais” inspiradas em El Salvador, com endurecimento das penas e tolerância zero contra criminosos perigosos.

Ao comentar as investigações sobre o caso das rachadinhas, Flávio voltou a negar irregularidades e classificou o episódio como “espuma”. Ele foi denunciado em 2020 por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro por supostos repasses de salários de assessores ao ex-auxiliar Fabrício Queiroz quando era deputado estadual no Rio.

Com informações do Poder360

A proposta idiota de Fernando Mineiro

O deputado federal Fernando Mineiro exagerou – e muito – ao defender que o secretário da Fazenda, Cadu Xavier, seja escolhido pela Assembleia Legislativa para um eventual “mandato tampão” no Governo do Estado. A declaração soa mais como delírio político do que como construção institucional séria.

A ideia de empurrar para o comando do Rio Grande do Norte um nome que nunca passou pelo crivo das urnas é um desrespeito direto à vontade popular. Como é que 24 deputados, em uma eleição indireta, legitimariam um governador que o povo jamais escolheu em voto direto? Em um estado já mergulhado em crise fiscal e política, essa tese parece mais uma manobra de bastidor do que qualquer solução real.

Ao levantar essa hipótese, Mineiro ignora o desgaste profundo do atual governo e subestima o sentimento das ruas. Em vez de defender transparência e legitimidade, prefere apostar em um atalho político que beira o absurdo. A pergunta que fica é simples e direta: em que realidade paralela Mineiro está vivendo para achar que a Assembleia teria autoridade moral para impor ao estado um governador que nunca foi votado?

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Alysson Bezerra tenta desqualificar Rogério Marinho

Alysson Bezerra resolveu vestir a camisa de “especialista” em economia e partiu para o ataque contra Rogério Marinho. Ao criticar as chamadas “soluções mágicas” defendidas pelo senador, como venda de ativos e planos de demissão voluntária, o prefeito de Mossoró tentou se colocar como a voz da razão na discussão sobre a crise do Rio Grande do Norte.

Na prática, Alysson quis passar a ideia de que entende mais do funcionamento das contas do Estado do que Rogério. Falou em “gestão técnica”, “organização” e “governo digital”, como se estivesse apresentando um manual de eficiência administrativa. O recado político foi claro: quis se colocar como o nome mais preparado para comandar a economia potiguar, desqualificando as propostas do adversário e tentando ocupar o espaço de gestor moderno e racional.

Mineiro quer empurrar Cadu, mas lei é clara: só deputado pode virar governador tampão no RN

A sucessão de Fátima Bezerra, caso ela deixe o governo para disputar o Senado, não pode virar um atalho para aventuras políticas. A Constituição é clara ao estabelecer que, em caso de vacância e recusa dos sucessores legais, a escolha deve recair sobre quem já tem mandato popular. Ou seja, um deputado estadual eleito pelo povo.

Não faz sentido a tese defendida por Fernando Mineiro de querer emplacar Cadu Xavier, que não tem voto, não passou pelo crivo das urnas e não representa a vontade direta da população. Governo não é laboratório de experiências nem espaço para nomeações por conveniência partidária.

domingo, 7 de dezembro de 2025

Por considerar arrogante a postura de Allyson, Paulinho Freire marcha em outra direção

Por avaliação de aliados que enxergam “arrogância” nas movimentações políticas de Allyson Bezerra dentro do União Brasil, o prefeito de Natal, Paulinho Freire, já não esconde seu distanciamento do grupo do prefeito mossoroense. Paulinho se sente totalmente à vontade para levar uma ala do União Brasil para apoiar o senador Rogério Marinho (PL) na disputa pelo Governo do Estado em 2026.

Além disso, articula a saída da primeira-dama Nina Souza, ainda filiada ao União Brasil, para disputar uma vaga de deputada federal pelo PL. O movimento enfraquece diretamente Allyson dentro do próprio partido e reforça que Paulinho opera em direção oposta ao projeto do prefeito de Mossoró.

sábado, 6 de dezembro de 2025

Honrando compromissos, fortalecendo alianças e consolidando a união: Prefeito Antonimar reúne bancada e confirma Marcel como novo presidente do Legislativo

O clima político em Olho d'Água ganhou um novo capítulo nesta sexta-feira (05). Durante reunião com toda a sua base aliada, o Prefeito Antonimar Amorim reafirmou o compromisso firmado ainda nos primeiros diálogos do grupo e anunciou oficialmente que o vereador Marcel Morais será o próximo presidente da Câmara Municipal no biênio que se inicia.

A decisão não caiu do céu — ela é fruto de articulações maduras, conversas francas e de um alinhamento político que vem sendo construído com responsabilidade. Marcel não apenas representa um nome de consenso: ele simboliza a união histórica entre dois grupos políticos importantes, os Amorim e os Queirogas, que decidiram caminhar juntos com um propósito comum de fortalecer o projeto administrativo do município.

E aí entra uma figura que merece destaque: o vereador Pedro Chaves, uma das principais vozes de articulação dessa nova fase. Pedro demonstrou grandeza política ao abrir mão de protagonismo pessoal em favor da estabilidade do grupo, indicando Marcel como o nome mais preparado para assumir a presidência. Esse gesto tem peso — mostra maturidade, lealdade e visão a longo prazo, algo raro na política e muito valorizado pelo prefeito.

Ao confirmar Marcel, o prefeito Antonimar fez mais do que cumprir um compromisso: ele deu um recado claro de que governa com diálogo, respeito aos aliados e foco no futuro. Sua escolha agradou à base, reforçou a unidade interna e mostrou que o município seguirá com uma Câmara alinhada, cooperativa e sintonizada com os desafios dos próximos anos.

Marcel chega ao cargo com credenciais sólidas: bom trânsito político, equilíbrio na condução de debates, capacidade de articular pautas importantes e, principalmente, espírito de construção coletiva. Ele reúne exatamente o perfil necessário para presidir um Legislativo que precisa manter firme o ritmo de trabalho, de diálogo e de modernização institucional.

Em resumo, a decisão de Antonimar foi acertada, estratégica e amplamente respaldada pelo grupo. Se o momento pede união, estabilidade e visão de futuro, Marcel Morais é, sem dúvidas, o nome certo para conduzir o Legislativo municipal com responsabilidade, diálogo e compromisso com Olho d'Água.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

União Brasil e PP registram federação no TSE — e viram o jogo para 2026

União Brasil e Progressistas finalmente tiraram do papel a federação partidária e protocolaram nesta quinta-feira (4/12) o pedido oficial no Tribunal Superior Eleitoral. A nova aliança, batizada de União Progressista (UP), promete reorganizar forças no campo da centro-direita nacional — justamente no momento em que o governo Lula tenta ampliar sua base.

O documento entregue ao TSE aponta que a federação será comandada por dois nomes de peso: o senador Ciro Nogueira, figura central do PP, e Antônio de Rueda, dirigente do União Brasil. Eles dividirão a presidência da nova estrutura, que funcionará como um único partido nas eleições.

Apesar do protocolo, o casamento político ainda precisa do aval final do TSE. A federação já havia sido anunciada em abril, em uma cerimônia no Salão Negro do Congresso, em Brasília, mas só agora avança para a fase decisiva.

Na prática, a UP deve fortalecer candidaturas de oposição ao PT em vários estados — inclusive no Nordeste, onde partidos aliados de Lula tentam se segurar. O movimento também repercute em Natal, onde o União Brasil e o PP têm atuação relevante e podem ganhar mais musculatura para 2026.

Repasses a Lulinha teriam ocorrido por empresa em Portugal, aponta relato à PF

O relato de um ex-funcionário da World Cannabis, empresa ligada ao lobista Antonio Carlos Camilo Antunes — conhecido como Careca do INSS — trouxe novos detalhes para as investigações sobre possíveis repasses ao filho do presidente Lula, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha. Segundo Edson Claro, que trabalhou em um escritório da companhia em São Paulo, pagamentos teriam sido feitos em Portugal por meio de uma empresa de maconha medicinal. Ele menciona valores que chegariam a R$ 25 milhões e ainda uma “mesada” de R$ 300 mil, embora afirme não possuir provas materiais.

A World Cannabis pertence ao Careca do INSS e ao filho dele. O lobista está preso desde setembro, acusado de atuar como intermediário em um esquema bilionário de fraudes envolvendo descontos indevidos em milhões de aposentadorias no INSS. Em seus relatos, Claro também citou Roberta Luchsinger, herdeira de família suíça ligada ao PT, que teria servido de ponte entre o lobista e o entorno de Lulinha, recebendo inclusive presentes de Antunes.

As informações de Claro foram compartilhadas com membros da CPMI do INSS, incluindo o relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), e o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG). O ex-funcionário afirma ter deixado a empresa após a Operação Sem Desconto, deflagrada em abril pela Polícia Federal, e diz ter sido ameaçado ao tentar reaver bens sob posse do lobista. Procurado, ele preferiu não comentar; Lulinha, que se mudou para Madri neste ano, também não se manifestou.

Apesar das suspeitas levantadas, a CPMI barrou ontem (4) a convocação de Lulinha. Por 19 votos a 12, membros da comissão rejeitaram o pedido apresentado pelo partido Novo, que aponta possível ligação entre operadores do esquema e pessoas próximas ao filho do presidente. Um dos casos mencionados envolve o dirigente petista Ricardo Bimbo, que recebeu mais de R$ 8,4 milhões de uma empresa investigada e, no mesmo período, quitou um boleto destinado ao contador de Lulinha.

Com informações do Metrópoles

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Direita reage e vê “blindagem” do STF após decisão de Gilmar Mendes sobre pedidos de impeachment

A decisão do ministro Gilmar Mendes que restringe a apresentação de pedidos de impeachment contra magistrados do STF gerou forte reação entre parlamentares de direita no Congresso. Para aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, a medida ocorre justamente no momento em que o grupo intensifica articulações para eleger uma bancada robusta ao Senado em 2026 — movimento visto como essencial para destravar denúncias já existentes contra ministros da Corte.

A informação é de William Waack, da CNN. Pela liminar, apenas a Procuradoria-Geral da União poderá protocolar pedidos de impeachment, e sua abertura no Senado passará a exigir apoio de dois terços dos senadores, elevando significativamente o grau de dificuldade. Oposição e lideranças conservadoras classificam a decisão como uma tentativa de “autoproteção” do Supremo diante da possibilidade de uma mudança no cenário político a partir de 2027. Rogério Marinho (PL-RN), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Esperidião Amin (PP-SC) criticaram publicamente o que chamam de “usurpação de prerrogativas” do Legislativo.

O impacto foi imediato no Congresso. A decisão surpreendeu até governistas e levou senadores a acelerar PECs que restabeleçam o direito de qualquer cidadão apresentar denúncias contra ministros, além de propostas que limitam decisões monocráticas e criam mandatos para integrantes do STF. Hoje, há ao menos 47 pedidos de impeachment parados, a maioria contra Alexandre de Moraes.

Para parlamentares, a liminar fere a separação de Poderes e retira atribuições do Senado. Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) reuniu líderes partidários logo após tomar conhecimento da decisão e criticou duramente a medida no plenário, defendendo mudanças para impedir que um único ministro suspenda, sozinho, leis aprovadas pelo Congresso e sancionadas pelo presidente da República.

Com informações da CNN

Cadu diz que Walter “vai correr por nós” e afasta bomba fiscal no governo Fátima

O secretário da Fazenda, Cadu Xavier, negou que a gestão da governadora Fátima Bezerra vá deixar uma “bomba fiscal” para o vice-governador Walter Alves assumir a partir de abril. Em entrevista à 98 FM, ele afastou qualquer possibilidade de explosão nos gastos com pessoal e tratou como especulação a versão de que Walter não assumiria o comando do Estado por causa da crise fiscal.

Fátima já anunciou que renuncia em abril para disputar o Senado, e surgiram rumores de que o vice não toparia assumir, o que empurraria o governo para a Assembleia Legislativa ou para o Tribunal de Justiça, com necessidade de eleição indireta. Cadu classificou essa narrativa como absurda. Segundo ele, um colapso na gestão “desmoronaria tanto a candidatura dele quanto a de Fátima”, e por isso “não interessa a ninguém” dentro do grupo.

O secretário usou uma metáfora esportiva para explicar a transição: “A governadora vai passar o bastão para Walter, mas a corrida é até o final. Ele vai correr pela gente”, afirmou, reforçando que o objetivo é preservar o funcionamento da máquina pública e não criar dificuldades artificiais para o sucessor.

Cadu também afastou a possibilidade de estouro na folha salarial em 2026. “Seria uma irresponsabilidade sem tamanho aumentar a folha de R$ 1 bilhão para R$ 1,3 bilhão”, disse, rebatendo estimativas que circularam em redes e parte da imprensa.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Correios travam empréstimo de R$ 20 bilhões com juros abusivos de 136% do CDI

Os Correios suspenderam nesta terça-feira (2) a negociação de um empréstimo de R$ 20 bilhões com bancos, depois de perceberem que os juros cobrados eram altos demais. A operação previa taxas próximas a 136% do CDI, acima do limite de 120% considerado seguro pelo Tesouro Nacional para empréstimos com garantia da União.

A decisão veio após reunião entre o presidente da estatal, Emmanoel Rondon, e integrantes do Ministério da Fazenda. Embora os Correios não dependam diretamente da União, o Tesouro avisou que não apoiaria a operação se os custos ultrapassassem o limite de 120% do CDI — índice usado como referência para empréstimos entre instituições financeiras e operações garantidas pelo governo.

A tentativa de crédito fazia parte do Plano de Reestruturação da empresa e havia sido aprovada pelo Conselho de Administração na última sexta-feira (28). Mas a estatal amarga prejuízos bilionários: no primeiro semestre de 2025, o rombo foi de R$ 4,37 bilhões, contra R$ 1,35 bilhão no mesmo período do ano passado. Só no segundo trimestre, o déficit chegou a R$ 2,64 bilhões.

A crise foi tão profunda que levou o ex-presidente dos Correios, Fabiano Silva, a entregar sua renúncia ao Palácio do Planalto em julho. Agora, a empresa precisa encontrar alternativas para equilibrar as contas sem se enforcar com juros abusivos e sem depender demais do governo federal.

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Governo de Lula cria 8 mil cargos e vai gastar R$ 4,2 bilhões por ano com servidores

O Governo Federal anunciou um pacote de reestruturação de carreiras do funcionalismo que deve impactar cerca de 200 mil servidores ativos e aposentados. O projeto prevê a criação de 8.825 novos cargos, reajustes salariais e reorganização interna de órgãos federais, com custo anual estimado em R$ 4,2 bilhões, já previsto no orçamento de 2026. A proposta será enviada ao Congresso nos próximos dias.

A medida vai mexer em mais de 20 áreas, incluindo universidades federais, MEC e forças de segurança do Distrito Federal e de policiais militares dos ex-territórios (Amapá, Rondônia e Roraima), segundo informações do Metrópoles.

O governo quer reduzir diferenças salariais, criar uma carreira administrativa uniforme e transformar quase 10 mil cargos vagos em 7.937 novas funções, principalmente na carreira transversal de Analista Técnico do Poder Executivo (ATE), voltada a funções de apoio como contabilidade, comunicação social e biblioteconomia.

Entre os pontos polêmicos estão os reajustes para a Receita Federal e Auditoria Fiscal do Trabalho, além do aumento do bônus de aposentados desses grupos, temas que prometem debate intenso no Congresso em meio ao aperto fiscal.

No MEC, médicos e veterinários terão remuneração ajustada, e técnicos administrativos podem ter progressão salarial baseada em experiência prática, via Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), mas só se houver dinheiro no orçamento.

O pacote também libera gratificações extras, ajusta funções comissionadas, autoriza novos regimes de trabalho — como plantões e turnos alternados — e prevê perícia médica por telemedicina para agilizar afastamentos.

Servidores de órgãos como Ibama, ICMBio e Abin terão indenização de fronteira, e o prazo para inclusão de servidores dos ex-territórios será reaberto. A reforma mostra que o governo está disposto a gastar pesado com o funcionalismo, mesmo em tempos de aperto fiscal.

RN vive semana de tensão com recuo de Walter Alves e plano B no ar

O tabuleiro político do Rio Grande do Norte começou a semana agitado após a sinalização do vice-governador Walter Alves, do MDB, de que não pretende assumir o Governo em 2026. A decisão, motivada pelo cenário de instabilidade anunciado para a sucessão estadual, desencadeou cinco dias de bastidores intensos, versões desencontradas e tentativas de controle de danos dentro do Palácio.

Mesmo após o secretário Raimundo Alves negar qualquer crise, um plano B já circula entre lideranças governistas: caso Walter mantenha a desistência, a governadora Fátima Bezerra, do PT, permaneceria no cargo e abriria mão de disputar o Senado.

Para o PT nacional, a mudança traz benefícios. A vaga majoritária ficaria livre para a deputada federal Natália Bonavides, nome bem-visto pela cúpula petista e considerada competitiva para o Senado. A sigla tem como foco ampliar sua bancada no Congresso, especialmente no Senado, em 2026.

Por outro lado, a reconfiguração representaria um problema interno: a nominata do PT à Câmara Federal perderia sua principal puxadora de votos. Hoje, a expectativa da legenda é que Natália ajude a eleger ao menos dois deputados federais. Sem ela na disputa proporcional, o partido precisaria reorganizar suas estratégias para manter ou ampliar sua representação.

O cenário segue em suspense, à espera da decisão definitiva de Walter Alves — peça central dessa equação que pode redefinir toda a montagem eleitoral do RN em 2026.

Por Robson Pires

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Cientistas políticos explicam por que Nordeste já não é “vitória garantida” para Lula

Durante duas décadas, o Nordeste foi sinônimo de terreno seguro para o PT. Mas essa dinâmica mudou. Para analistas ouvidos em encontro promovido pelo UBS com empresários e clientes, nesta quarta-feira (26), a região mantém importância estratégica para Lula, porém deixou de ser um reduto automático.

O desgaste acumulado e as transformações sociais recentes criaram um ambiente mais volátil — e, em alguns casos, mais hostil — para o governismo.

Segundo o cientista político Andrei Roman, cofundador da AtlasIntel, há uma mudança estrutural em curso no comportamento do eleitorado nordestino. Pesquisas recentes registram uma queda no desempenho do petista na região, reflexo de fatores que se somam e fragilizam uma equação que antes parecia estável.

O primeiro deles é o esvaziamento simbólico dos programas de transferência de renda. Durante anos, o Bolsa Família funcionou como elo central entre o Nordeste e o PT, mas perdeu força eleitoral. Roman observa que o programa se tornou menos determinante ao longo do tempo, tanto pela longevidade quanto pelo fato de Jair Bolsonaro ter elevado seu valor em 2022.

“Hoje já não existe mais aquele temor de que um governo de direita vá acabar com o programa”, explicou. A consequência seria direta: o vínculo automático com o lulismo enfraquece.

O segundo ponto levantado pelo pesquisador é o desgaste dos governadores aliados da esquerda. “Não temos mais campeões de popularidade como antes”, afirmou, citando Bahia e Ceará entre os casos de maior declínio de aprovação.

Para ele, quando governadores perdem apoio, parte desse desgaste respinga no governo federal, especialmente em uma região onde o eleitor tende a associar problemas cotidianos a Brasília.

O terceiro fator é o avanço do crime organizado e da violência. Roman destacou que a deterioração da segurança pública cresceu de forma acentuada fora das capitais, afetando cidades médias e pequenos municípios. A percepção de insegurança fragiliza a imagem de eficiência estatal e amplia o sentimento de frustração com os governos locais e nacional.